Texto Principal: Jeremias 29:1-14
Texto chave: Jeremias 29: 11.
“Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais.
Introdução
Ao observarmos o propósito geral desta profecia de Jeremias, entendemos que ao findar o cativeiro de setenta anos haveria uma plenitude dos tempos. Deus moveria o remanescente santo para que este o buscasse em persistente oração. Deus responderia e cumpriria suas promessas de restauração do povo (VV. 13,14). Notemos aqui dois princípios: (1) quando Deus quer realizar grandes coisas em favor do seu povo, Ele o impele a um grande movimento de oração; e (2) o momento precisa das respostas de Deus às orações dos filhos está muitas vezes vinculado aos Seus propósitos para com o Seu povo de forma coletiva.
I – DEFINIÇÃO DE PAZ. A palavra hebraica para “paz” é shalom. Denota muito mais do que a ausência de guerra e conflito. O significado básico de shalom é harmonia, plenitude, firmeza, bem-estar e êxito em todas as áreas da vida.
A. Pode referir-se à tranqüilidade nos relacionamentos internacionais, tal como a paz entre as nações em guerra (e. g. 1 Sm 7:14; 1 Rs 4:24; 1 Cr 19:9).
B. Pode referir-se a uma sensação de tranqüilidade dentro de uma nação durante tempos de prosperidade e sem guerra civil (2 Sm 3:21-23; 1 Cr 22:9; Sl 122:6,7).
C. Pode ser experimentada com integridade e harmonia nos relacionamentos humanos, no âmbito do lar (Pv 17:1; 1 Co 7:15) e fora dele (Rm 12:18; Hb 12:14; 1 Pe 3:11).
D. Pode referir-se ao nosso senso pessoal de integridade e bem-estar, livre de ansiedade e em paz com a própria alma (Sl 4:8; 119:165; cf. Jó 3:26) e com Deus (Nm 6:26; Rm 5:1).
E. Finalmente, embora a palavra shalom não seja empregada em Gn 1-2, ela descreve o mundo originalmente criado, que existia em perfeita harmonia e integridade. Quando Deus criou os céus e a terra, criou um mundo em paz. O bem-estar total da criação reflete-se na breve declaração: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1:31).
II – A INTERRUPÇÃO DA PAZ. Quando Adão e Eva deram atenção á voz da serpente, e comeram da árvore proibida (Gn 3:1-7), sua desobediência introduz o pecado e se interrompeu a paz e harmonia original do universo.
A. Naquele momento, Adão e Eva experimentaram, pela primeira vez, culpa e vergonha diante de Deus (Gn 3:8), e uma perda de paz interior.
B. O pecado de Adão e Eva no jardim do Éden destruiu seu relacionamento harmonioso com Deus. Antes de comerem daquele fruto, tinham íntima comunhão com Deus (cf. 3:8), mas depois se esconderam “da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim” (Gn 3:8). Ao invés de sentirem anelo (desejo) pela conversa com Deus, agora tiveram medo da sua voz (Gn 3:10).
C. Além disso, interrompeu-se o relacionamento harmonioso entre Adão e Eva como marido e mulher. Quando Deus começou a falar-lhes a respeito do pecado que haviam cometido, Adão lançou a culpa em Eva (Gn 3:12), e Deus que a rivalidade entre homem e a mulher continuariam (Gn 3:16). Assim começou o conflito social que agora é parte integrante das difíceis relações humanas, desde as discussões e a violência no lar (cf. 1 Sm 1:1-8; Pv 15:18; 17:1), até os conflitos e guerras internacionais.
D. Finalmente, o pecado interrompeu a harmonia e a unidade entre a raça humana e a natureza. Antes de Adão e Eva pecarem, trabalhavam alegremente no jardim do Éden (Gn 2:15), e andavam livremente entre os animais, dando nome a cada um deles (Gn 3:17-19). Antes havia harmonia entre a raça humana e o meio-ambiente, agora há lutas e conflitos de modo que “toda a criação [natureza] geme e está juntamente com dores de parto até agora” (ver Rm 8:22).
III – A RESTAURAÇÃO DA PAZ. Embora o resultado da queda fosse a destruição da paz e do bem-estar para a raça humana, e até mesmo para a totalidade do mundo criado, Deus planejou a restauração do shalom; logo, a história da reconquista da paz é a história da redenção em Cristo.
A. Tendo em vista que satanás deu início à destruição da paz no mundo, o restabelecimento da paz deve envolver a destruição de satanás e o deu poder. Por isso, muitas das promessas do Antigo Testamento a respeito da vinda do Messias eram promessas da vitória e paz vindouras. Davi profetizou que o filho de Deus governaria as nações (Sl 2:8,9; cf. Ap 2:26,27; 19:15). Isaías vaticinou que o Messias reinaria como o Príncipe da Paz (Is 9:6,7). Ezequiel predisse que o novo concerto que Deus se propôs estabelecer através do Messias seria um concerto de paz (Ez 35:25; 37:26). Jeremias assegurou que ao findar o cativeiro de setenta anos haveria uma plenitude dos tempos. Deus moveria o remanescente santo para que este o buscasse em persistente oração. Deus responderia e cumpriria suas promessas de restauração do povo (VV. 13,14). Notemos aqui dois princípios: (1) quando Deus quer realizar grandes coisas em favor do seu povo, Ele o impele a um grande movimento de oração; e (2) o momento precisa das respostas de Deus às orações dos filhos está muitas vezes vinculado aos Seus propósitos para com o Seu povo de forma coletiva. E Miquéias, ao profetizar o nascimento em Belém do rei vindouro, declarou: “Este será a nossa paz” (Mq 5:5).
B. Por ocasião do nascimento do de Jesus, os anjos proclamaram que a paz de Deus acabara de chegar à terra (Lc 2.14). O próprio Jesus veio para destruir as obras do diabo (1 Jo 3:8) e para romper todas as barreiras de conflito que tomasse parte da vida a fim de fazer paz (Ef 2:12-17). Jesus deu aos discípulos a sua paz como herança perpétua antes de ir à cruz (Jo 14:27; 16:33). Mediante a sua morte e ressurreição, Jesus desarmou os principados e potestades hostis, e assim possibilitou a paz (Cl 1:2; 2:14,15, cf. Is 53:4,5). Por isso, quando se crê em Jesus Cristo, se é justificado mediante a fé e se tem paz com Deus (Rm 5:1). A mensagem que os cristãos proclamam são as boas novas da paz (At 10:36; cf. I52.7).
Conclusão
Apenas saber que Cristo veio como o Príncipe da Paz não garante que a paz se tornará automaticamente parte da vida; para experimentar a paz há que se estar unido com Cristo numa fé viva e ativa. O primeiro passo é crer no Senhor Jesus Cristo. Quando assim faz, a pessoa justificada pela fé (Rm 3:21-28; 4:1-13; Gl 2:16) e assim tem paz com Deus (Rm 5:1). Juntamente com a fé, deve-se andar em obediência aos mandamentos divinos a fim de se viver em paz (Lv 26:3,6). Os profetas do Antigo Testamento declaram freqüentemente que não há paz para os ímpios (Is 57:21; 59:8; Jr 6:14; 8:11; Ez 13:10,16). A fim de que os cristãos sua paz perpétua, Deus lhes tem dado o Espírito Santo, que começa a operar em suas vidas o aspecto do fruto do Espírito, que é a paz (Gl 5:22; cf. Rm 14:17; Ef 4:3). Com a ajuda do Espírito, se deve orar pedindo a paz (Sl 122:6,7; Jr 29:7), deixar que a paz governe o coração (Cl 3:15), buscar a paz e segui-la (Sl 34:14; Jr 29:7; 2 Tm 2:22; 1 Pe 3:11), e se esforçar para viver em paz com o próximo (Rm 12:18; 2 Co 13:11; 1 Ts 13; Hb 12:14).
Convertido em Março de 1997. Professor de Escola Bíblica Dominical desde 1998, tendo passado por todas as faixas etárias do Ensino na EBD, ensinou na classe de obreiros e professores. Consagrado ao Santo Ministério em 29 de agosto de 2009.

domingo, 6 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Um Breve Comentário ao Antigo Testamento
Introdução
O Antigo Testamento é composto por três (03) seções. Estas apresentam as seguintes subdivisões: Seção 01 – Os livros da Lei; Seção 02 – Livros Históricos e Poéticos e Seção 03 – Profetas Maiores e Menores. A seguinte consideração pode fazer acerca destas divisões do Antigo Testamento: A seção 01 – Apresenta uma visão geral sobre os livros da Lei ou Pentateuco. O Pentateuco mostra as principais informações sobre o mundo antigo. Mostra como começou e se desenvolveu a História e a Origem da Nação de Israel – A nação escolhida por Deus para lhe servir e apresentar ao Mundo (as outras nações) a Lei de seu Deus; o Deus de Israel. Mostra também a origem da religião judaica e o desenvolvimento do seu sistema de culto e adoração, os quais foram obtidos por Moisés no Monte Sinai. A seção 02 – Apresenta o desenvolvimento dos principais fatos que ocorreram na nação de Israel. No decorrer da História de Israel, estes livros cobrem os fatos referentes ao surgimento dos Juízes e da Monarquia, ou seja, quando Israel foi governada por seus primeiro Rei que se chamava Saul. Mostra também o crescimento de Israel como nação, o seu avanço em conquistar territórios, os quais foram conquistados inicialmente por Josué; o sucessor de Moisés. Os livros históricos relatam as glórias de Israel e seus reis, sobretudo os reis Davi e Salomão. Revela a história particular dos reis e suas derrotas, desobediência e também as conseqüências. A seção 03 – Apresenta a vida e ministério dos Profetas de Israel. Estes acompanham o desenrolar da história e mostram ao povo e seus governantes os propósitos de Deus. Destaca também as conseqüências de corridas da desobediência de Israel e principalmente de seus reis. Os livros proféticos apresentam as profecias acerca do futuro de Israel e muitas destas profecias tiveram os seus cumprimentos relatados nos próprios livros proféticos. O livro de Isaías começa esta seção e se destaca por ser o maior em extensão e principalmente por apresentar o Messias que estava por vir. Termina com o livro de Malaquias que apresenta o primeiro mensageiro da Nova Aliança que é João Batista que por sua vez preparou o caminho do Senhor Jesus Cristo.
Desenvolvimento
O Antigo Testamento é começa com o livro de Gênesis ‘‘o começo’’, cujo autor é Moisés. Podemos ver que muitas bênção e maldições. O livro mostra que os que obedeceram recebem o bem de Deus ao passo que os que desobedecem em conseqüência recebem o mal. A partir deste livro conhecemos toda origem das nações e da nação de Israel. Revela em seus principais protagonistas os propósitos de Deus para Israel e toda humanidade. Toda referencia histórica sobre o tempo antigo se obtém a partir do livro de Gênesis. Ele relata o começo de todas as coisas: O primeiro homem (Adão e Eva), casamento, trabalho, família, culto, sacrifício, pecado, homicídio, confusões (Torre de Babel), as nações, idiomas, peregrinações. Vemos a História dos Patriarcas Noé, Jacó, Abraão, a bela história de José e seus irmãos. No livro de Êxodo nós vemos o desfecho da história dos descendentes de José, os quais foram escravizados por Faraó – rei do Egito. Estes precisavam ‘‘sair” (este é o significado do nome do livro) do Egito para cultuar ao seu Deus. A narrativa do livro nos mostra que de um modo milagroso Deus proveu um libertador para o seu povo Israel. Moisés e seu Arão ficaram encarregados de tratar com faraó acerca da libertação do povo de Deus e depois de muitas tentativas, o povo foi liberto da escravidão (submissão) no Egito. Após este eventos vemos o relato de grandes sinais e maravilhas que Deus promoveu afim de encorajar e aumentar a fé e temor no povo. Através de Moisés Deus entregou a Planta do Tabernáculo (Tenda da Congregação) e Lei para o povo e este prometeu obedecê-LO e seguir Seus Mandamentos, ser o seu povo peculiar e exclusivo portador da mensagem original de Deus para todas as nações. Em Levítico vemos o desenvolvimento das Ordenanças, culto, sacrifícios, sacerdócio e padrão de conduta e santidade do povo e principalmente dos sacerdotes. Foi neste livro que Deus estabeleceu as Cinco Ofertas, a escolha o Sumo Sacerdote e as Sete Festas. Aprendemos também sobre o ministério dos levitas que era composto por: Sumo Sacerdote, Sacerdotes, Cantores e Escribas. No livro de números temos o relato dos dois censos; o primeiro no Monte Sinai e o segundo na planície de Moabe. Vemos que o principal propósito do livro foi relatar cerca de 40 anos da peregrinação de Israel no deserto. Mostra que as decisões de Israel em desobedecer a Deus resultou em muitos sofrimentos dentre eles podemos citar: a longa jornada do povo no deserto (deveriam viajar por apenas onze dias), e todos os que saíram do Egito com idade acima de vinte anos padeceram pelo deserto (exceção apenas de Josué e Calebe). O livro mostra o extremo cuidado de Deus por seu povo, nele nos vemos como Deus cuidou de forma amorosa providencial, provendo-lhes muitos livramentos, sinais e maravilhas tais como: A água que saiu da rocha para saciar a sede do povo, o maná diário que provinha do céu para saciar a fome do povo, a nuvem e a aparência de fogo que serviam respectivamente para livrar o povo do calor estonteante do sol ao longo do dia e para aquecer o povo a noite do severo frio do deserto e livrá-los dos ataques das feras que os rodeavam. O livro de Números provê belos exemplos que Deus ajudar de forma maravilhosa ao seu povo mesmo em uma situação semelhante a uma peregrinação pelo deserto. Desta forma Deus preparou uma nova geração que o servir sem incredulidade e murmurações a exemplo da nação que padecera no deserto. Com os exemplos relatados em Números, o povo poderia ensinar aos seus filhos o modo correto de servir a Deus e preservar ao seus santos Mandamentos que foram revisados ou mencionados pela segunda vez no livro de Deuteronômio (este é o significado do livro). Fazia-se necessário que o povo relembrasse dos princípios e mandamentos (da Lei) de Deus. Neste livro nós vemos uma renovação da aliança de Deus com o seu povo e o relato de tudo quanto Deus havia feito para eles. Por fim, foi conhecido o sucessor de Moisés; Josué filho de Num e no capítulo trinta e quatro (34) temos o relato de Josué acerca da morte de Moisés.
A história de Israel também é relatada num segundo grupo de livros; Os livros históricos – Josué a Ester. Este período histórico mostra a possessão da terra prometida por Deus a Abraão. Sob a liderança de Josué Israel avançou nas regiões dos povos de Canaã. Durante este período Deus estava no comando. Era o tempo em que Deus governava o povo, dando a eles as orientações sobre tudo e provia-lhes os livramentos e bênçãos necessárias. Após a morte de Josué começo o tempo dos Juízes onde começou os ciclos de apostasia e derrota. Antes a liderança de Josué a nação tinha vitória em todas as usas empreitadas, porém nos dias após a morte do seu líder, o povo começou a se comportar como lhe convinha, de forma que esse tempo foi de retrocesso, insucesso e desobediência. Ilustra como a desobediência atrai sofrimento a disciplina de Deus que sempre os chamou ao arrependimento e quando o povo se arrependia Deus os recebia com graça e bênçãos. Neste período os Juízes funcionaram como líderes do povo e julgavam conforme o parecer de Deus. Complementando o período dos Juízes temos o livro de Rute. Rute foi uma jovem Moabita que serviu como exemplo de obediência a Deus, mesmo num tempo em que o povo estava voltado para seguir apenas aos seus próprios conselhos. Ela viveu no período de transição da Teocracia (governo de Deus) para a Monarquia (governo do rei) que se iniciou com Saul e Davi. O período da Monarquia se estendeu nos relatos dos livros de 1 Samuel a 2 Crônicas. Estes livros traçam a história do reino de Israel desde seu estabelecimento até sua destruição por volta do ano 856 a. C. Israel foi estabelecido como reino logo após o Profeta Samuel ungir Saul como o primeiro rei de Israel. Este foi rejeitado por Deus devido a sua insubordinação e desobediência. No lugar de Saul foi ungido o segundo rei de Israel que se chamava Davi. Este foi o rei a quem Deus o considerou como “o homem segundo o coração de Deus”. Davi levou Israel aos patamares mais altos de conquista e obediência a Deus. Ele planejou empreender a construção do primeiro Templo de adoração a Deus, no entanto, quem construiu o Templo do Senhor foi Salomão, o sucessor de Davi. Salomão elevou o reino de Israel o topo do esplendor, foi no período do reinado de Salomão que a Nação de Israel alcançou a maior expansão territorial e obteve durante todo o do reinado de Salomão paz absoluta. O rei Salomão estabeleceu uma política de paz com as nações vizinhas e por isso estas não empreenderam qualquer guerra contra Israel, diferente da época dos reis Saul e Davi. A atitude de Salomão em promover a paz entre as nações trouxe sérios prejuízos à nação de Israel, porque ao mesmo tempo em que Salomão promovia alianças de paz com os demais reis, também casava com suas filhas e dessa forma atraia a cultura daquelas nações cujas mulheres ele se casou bem como a idolatria e práticas pagãs. As conseqüências dessa miscigenação de culturas e cultos religiosos levaram o rei Salomão à prática da idolatria, sobretudo na segunda metade do seu reinado, quando ele já estava em idade avançada. O rei Salomão trouxe inúmeras conquistas para Israel, tanto no campo religioso com a construção do Templo do Senhor e também no campo cultural e espiritual quando escreveu no período de sua juventude o livro de (Cantares) Cântico dos Cânticos de Salomão, no período da sua maturidade escreveu Provérbios e no período da sua velhice escreveu Eclesiastes. Estes livros fazem parte do grupo dos livros petiços do Antigo Testamento, juntamente com os livros de Jó e Salmos.
Após o reinado de Salomão lhe sucedeu o seu filho Roboão e no período que sucedeu o reinado de Roboão o Povo de Israel juntamente com seu rei voltou a desobedecer a Deus trazendo como conseqüência a divisão de Israel no Reino do Norte e no Reino do Sul, a queda do Reino do Norte nas mãos da Assíria, exílio do Reino do Sul em Babilônia. No período em que compreende os relatos de 1 Samuel a 2 Crônicas temos a relação dos seguintes eventos: Estabilização da nação (1 Samuel) – reinado de Saul, expansão da nação (2 Samuel) – reinado de Davi, glorificação da nação (1 Reis) – reinado de Salomão, divisão da nação (1 Reis) – reinado de Roboão, deterioração do Reino do Norte (2 Reis) – reinado de Jeroboão I em 931 a.C, deportação do Reino do Sul (1 Crônicas) - Roboão em 597 a.C, preparação do Templo, destruição do Templo.
O período de que cobre a restauração de Israel a qual teve a liderança de Esdras e Neemias foi relatado principalmente pelos livros de: Esdras, Neemias e Ester. Estes livros descrevem o regresso de um remanescente à terra de, pois de 70 anos de cativeiro (605-536 a.C.). Os Eventos principais relatados nestes livros são: Restauração do Templo, reconstrução de Jerusalém e proteção do povo de Israel.
“Em 538 a.C Ciro, rei dos Persas, assina um edito que põe um ponto final ao exílio judaico na Babilônia. No ano seguinte, inicia-se a volta para a Judéia. Este período é marcado pela reconstrução das muralhas e do Templo de Jerusalém. Como a Judéia perdeu a sua autonomia política, os judeus passaram a ser organizados pelo grupo de sacerdotes e por governadores impostos pelos impérios que dominavam a região. Após o domínio persa, que finaliza em 331 a.C, a Judéia passa a ser controlada pelos gregos.” Fonte: http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/cronologia.htm
Cronologicamente os livros Poéticos cobrem toda a história de Israel no Antigo Testamento e são assim chamados devido a sua forma, pois relatam histórias verídicas de pessoas que realmente existiram. Diferente dos livros poéticos do mundo pagão os livros poéticos da Bíblia – Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão apresentam fatos verdadeiros acerca de pessoas que no período em que viveram foram conhecidas e suas histórias ressaltam a intervenção de Deus em suas vidas e proporcionam exemplos valiosos de como podemos agir nas situações adversas. Podemos destacar como os livros poéticos que mesmo no sofrimento obtemos as bênçãos de Deus e alcançamos um maior relacionamento com Ele – Exemplo (Jó). A oração pode ser um veículo de Louvor e Adoração a Deus, por meio desta podemos glorificar e apresentar a nossa gratidão a Deus por sua benignidade e misericórdia – Exemplo (Salmos). O caminhar reto e com equidade pode ser aprendido a partir do momento em que ouvimos a sabedoria e os preceitos de Deus que nos proporciona uma vida de retidão e santidade – Exemplo (Provérbios). A maturidade é obtida a partir do momento em que podemos analisar os fatos que nos acontece diariamente a partir da ótica da palavra de Deus e passamos a conhecer a verdade para julgar e enxergar de forma precisa a realidade que nos cerca – Exemplo (Eclesiastes) e aprendemos a cultivar a união entre as pessoas e principalmente conjugal quando seguimos os princípios saldáveis de uma união sob a ótica da Palavra de Deus, assim, obtemos alegria e gozo constantes – Exemplo (Cântico dos Cânticos de Salomão).
Paralelamente a todo o relato dos livros históricos e a toda a descrição rica e bela dos livros poéticos. Visualizamos também o ministério dos Profetas Maiores e Menores. Vários livros dos Profetas Maiores e Menores foram escritos no mesmo período histórico relatado pelos dezessete livros históricos do Antigo Testamento. O profeta era o porta-voz de Deus, por isso, eles têm importância fundamental na história de Israel. Eles anunciavam os propósitos de Deus, a Sua vontade e Seus juízos. Dentre os profetas que tem seus escritos relacionados no Antigo Testamento e que estão classificados entre os Profetas Maiores e o destino e assunto de suas profecias estão: O profeta Isaías – profetizou na Judéia (acerca de Judá e Jerusalém – Is 1:1; 2:1, durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias [Reis de Judá] em 740-680 a.C no período histórico relatados em 2 Reis 15-21; 2 Crônicas 26-30), Jeremias – profetizou aos Judeus na Judéia e no Cativeiro (acerca de Judá e as nações – Jr 1:5, 9-10; 2:1-2, durante os reinados de Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim, Zedequias [Reis de Judá] em 627-585 a.C no período histórico relatado em 2 Reis 22-25), Ezequiel – profetizou aos Judeus cativos na Babilônia (acerca de toda casa de Israel – Ez 2:3-6; 3:4-10,17, durante os reinados de Zedequias [Rei de Judá]; Nabucodonozor [Rei de Babilônia] em 592-570 a.C no período histórico relatado em Daniel 1-6), e Daniel – profetizou aos Judeus cativos na Babilônia e reis gentios (acerca de Israel e as nações gentílicas – Dn 2:36-43; 9, durante os reinados de Jeoaquim, Joaquim, Zedequias [Reis de Judá] Nabucodonozor [Rei de Babilônia] em 605-536 a.C no período histórico relatado em Daniel 1-6).
Os Profetas Menores também tiveram sua importância nos eventos históricos de Israel e assim como os Profetas Maiores, eles também foram contemporâneos na maioria dos registros descritos nos Livros Históricos do Antigo Testamento. Dentre os profetas que tem seus escritos relacionados no Antigo Testamento e que estão classificados entre os Profetas Menores e o agrupamento segundo o exílio e os Reinos de Israel e Judá e o período de seus ministérios é como segue: Pré-exílicos em Israel – Jonas (profetizou em 793-753 a.C), Amós (profetizou em 760 a.C), Oséias (profetizou em 755-715 a.C); Pré-exílicos em Judá – Obadias (profetizou em 840 a.C), Joel (profetizou em 835-769 a.C), Miquéias (profetizou em 700 a.C), Naum (profetizou em 633-612 a.C), Safonias (630-625 a.C), Habacuque (profetizou em 600 a.C). Pós-exílicos que regressaram entre os remanescentes – Ageu (profetizou em 520 a.C), Zacarias 520-518 a.C) e Malaquias (450-400 a.C).
Os livros proféticos vislumbram o futuro de Israel e sua Redenção por meio do Messias com grande expectação da seguinte maneira:
“sO primeiros profetas (Oséias, Joel, Amós) esperam uma restauração nacional efetuada pelo Messias”. Isaías e Miquéias predizem a salvação internacional através da vinda de Cristo. Porém Obadias, Jonas, Naum, Habacuque e Safonias advertem acerca do castigo divino às nações. O livro de lamentações chora pela retribuição de Deus sobre seu povo, porém, Jeremias busca uma reafirmação da aliança em Cristo. Ezequiel espera a restauração religiosa da nação e Daniel prediz sua restauração política. Depois do cativeiro babilônico Ageu e Zacarias exortam ao povo a sua reconstrução religiosa e Malaquias a sua reconstrução social e moral, enquanto esperam o “sol da justiça que em suas asas trará salvação” (Malaquias 4:2).
Conclusão
O Antigo Testamento nos provê uma vasta variedade de relatos que podem nos ensinar acerca dos princípios e da vontade de Deus para nossa vida. Aprendemos desde o princípio deste compêndio que os exemplos aqui deixados por Deus servem para nos ajudar a compreender que Deus sempre quis ajudar a humanidade e convencê-los de que a vida fora dos propósitos dEle só trás diversos tipos de prejuízo e retrocessos. Além disso, a principal lição do Antigo Testamento que quanto mais aproximarmos do que Deus proporciona para a nossa vida, mais seremos abençoados nEle, isto é, se buscarmos ao Deus de Israel e obedecermos aos seus princípios e mandamentos seremos felizes e obteremos como conseqüência as Suas bênçãos.
O Antigo Testamento é composto por três (03) seções. Estas apresentam as seguintes subdivisões: Seção 01 – Os livros da Lei; Seção 02 – Livros Históricos e Poéticos e Seção 03 – Profetas Maiores e Menores. A seguinte consideração pode fazer acerca destas divisões do Antigo Testamento: A seção 01 – Apresenta uma visão geral sobre os livros da Lei ou Pentateuco. O Pentateuco mostra as principais informações sobre o mundo antigo. Mostra como começou e se desenvolveu a História e a Origem da Nação de Israel – A nação escolhida por Deus para lhe servir e apresentar ao Mundo (as outras nações) a Lei de seu Deus; o Deus de Israel. Mostra também a origem da religião judaica e o desenvolvimento do seu sistema de culto e adoração, os quais foram obtidos por Moisés no Monte Sinai. A seção 02 – Apresenta o desenvolvimento dos principais fatos que ocorreram na nação de Israel. No decorrer da História de Israel, estes livros cobrem os fatos referentes ao surgimento dos Juízes e da Monarquia, ou seja, quando Israel foi governada por seus primeiro Rei que se chamava Saul. Mostra também o crescimento de Israel como nação, o seu avanço em conquistar territórios, os quais foram conquistados inicialmente por Josué; o sucessor de Moisés. Os livros históricos relatam as glórias de Israel e seus reis, sobretudo os reis Davi e Salomão. Revela a história particular dos reis e suas derrotas, desobediência e também as conseqüências. A seção 03 – Apresenta a vida e ministério dos Profetas de Israel. Estes acompanham o desenrolar da história e mostram ao povo e seus governantes os propósitos de Deus. Destaca também as conseqüências de corridas da desobediência de Israel e principalmente de seus reis. Os livros proféticos apresentam as profecias acerca do futuro de Israel e muitas destas profecias tiveram os seus cumprimentos relatados nos próprios livros proféticos. O livro de Isaías começa esta seção e se destaca por ser o maior em extensão e principalmente por apresentar o Messias que estava por vir. Termina com o livro de Malaquias que apresenta o primeiro mensageiro da Nova Aliança que é João Batista que por sua vez preparou o caminho do Senhor Jesus Cristo.
Desenvolvimento
O Antigo Testamento é começa com o livro de Gênesis ‘‘o começo’’, cujo autor é Moisés. Podemos ver que muitas bênção e maldições. O livro mostra que os que obedeceram recebem o bem de Deus ao passo que os que desobedecem em conseqüência recebem o mal. A partir deste livro conhecemos toda origem das nações e da nação de Israel. Revela em seus principais protagonistas os propósitos de Deus para Israel e toda humanidade. Toda referencia histórica sobre o tempo antigo se obtém a partir do livro de Gênesis. Ele relata o começo de todas as coisas: O primeiro homem (Adão e Eva), casamento, trabalho, família, culto, sacrifício, pecado, homicídio, confusões (Torre de Babel), as nações, idiomas, peregrinações. Vemos a História dos Patriarcas Noé, Jacó, Abraão, a bela história de José e seus irmãos. No livro de Êxodo nós vemos o desfecho da história dos descendentes de José, os quais foram escravizados por Faraó – rei do Egito. Estes precisavam ‘‘sair” (este é o significado do nome do livro) do Egito para cultuar ao seu Deus. A narrativa do livro nos mostra que de um modo milagroso Deus proveu um libertador para o seu povo Israel. Moisés e seu Arão ficaram encarregados de tratar com faraó acerca da libertação do povo de Deus e depois de muitas tentativas, o povo foi liberto da escravidão (submissão) no Egito. Após este eventos vemos o relato de grandes sinais e maravilhas que Deus promoveu afim de encorajar e aumentar a fé e temor no povo. Através de Moisés Deus entregou a Planta do Tabernáculo (Tenda da Congregação) e Lei para o povo e este prometeu obedecê-LO e seguir Seus Mandamentos, ser o seu povo peculiar e exclusivo portador da mensagem original de Deus para todas as nações. Em Levítico vemos o desenvolvimento das Ordenanças, culto, sacrifícios, sacerdócio e padrão de conduta e santidade do povo e principalmente dos sacerdotes. Foi neste livro que Deus estabeleceu as Cinco Ofertas, a escolha o Sumo Sacerdote e as Sete Festas. Aprendemos também sobre o ministério dos levitas que era composto por: Sumo Sacerdote, Sacerdotes, Cantores e Escribas. No livro de números temos o relato dos dois censos; o primeiro no Monte Sinai e o segundo na planície de Moabe. Vemos que o principal propósito do livro foi relatar cerca de 40 anos da peregrinação de Israel no deserto. Mostra que as decisões de Israel em desobedecer a Deus resultou em muitos sofrimentos dentre eles podemos citar: a longa jornada do povo no deserto (deveriam viajar por apenas onze dias), e todos os que saíram do Egito com idade acima de vinte anos padeceram pelo deserto (exceção apenas de Josué e Calebe). O livro mostra o extremo cuidado de Deus por seu povo, nele nos vemos como Deus cuidou de forma amorosa providencial, provendo-lhes muitos livramentos, sinais e maravilhas tais como: A água que saiu da rocha para saciar a sede do povo, o maná diário que provinha do céu para saciar a fome do povo, a nuvem e a aparência de fogo que serviam respectivamente para livrar o povo do calor estonteante do sol ao longo do dia e para aquecer o povo a noite do severo frio do deserto e livrá-los dos ataques das feras que os rodeavam. O livro de Números provê belos exemplos que Deus ajudar de forma maravilhosa ao seu povo mesmo em uma situação semelhante a uma peregrinação pelo deserto. Desta forma Deus preparou uma nova geração que o servir sem incredulidade e murmurações a exemplo da nação que padecera no deserto. Com os exemplos relatados em Números, o povo poderia ensinar aos seus filhos o modo correto de servir a Deus e preservar ao seus santos Mandamentos que foram revisados ou mencionados pela segunda vez no livro de Deuteronômio (este é o significado do livro). Fazia-se necessário que o povo relembrasse dos princípios e mandamentos (da Lei) de Deus. Neste livro nós vemos uma renovação da aliança de Deus com o seu povo e o relato de tudo quanto Deus havia feito para eles. Por fim, foi conhecido o sucessor de Moisés; Josué filho de Num e no capítulo trinta e quatro (34) temos o relato de Josué acerca da morte de Moisés.
A história de Israel também é relatada num segundo grupo de livros; Os livros históricos – Josué a Ester. Este período histórico mostra a possessão da terra prometida por Deus a Abraão. Sob a liderança de Josué Israel avançou nas regiões dos povos de Canaã. Durante este período Deus estava no comando. Era o tempo em que Deus governava o povo, dando a eles as orientações sobre tudo e provia-lhes os livramentos e bênçãos necessárias. Após a morte de Josué começo o tempo dos Juízes onde começou os ciclos de apostasia e derrota. Antes a liderança de Josué a nação tinha vitória em todas as usas empreitadas, porém nos dias após a morte do seu líder, o povo começou a se comportar como lhe convinha, de forma que esse tempo foi de retrocesso, insucesso e desobediência. Ilustra como a desobediência atrai sofrimento a disciplina de Deus que sempre os chamou ao arrependimento e quando o povo se arrependia Deus os recebia com graça e bênçãos. Neste período os Juízes funcionaram como líderes do povo e julgavam conforme o parecer de Deus. Complementando o período dos Juízes temos o livro de Rute. Rute foi uma jovem Moabita que serviu como exemplo de obediência a Deus, mesmo num tempo em que o povo estava voltado para seguir apenas aos seus próprios conselhos. Ela viveu no período de transição da Teocracia (governo de Deus) para a Monarquia (governo do rei) que se iniciou com Saul e Davi. O período da Monarquia se estendeu nos relatos dos livros de 1 Samuel a 2 Crônicas. Estes livros traçam a história do reino de Israel desde seu estabelecimento até sua destruição por volta do ano 856 a. C. Israel foi estabelecido como reino logo após o Profeta Samuel ungir Saul como o primeiro rei de Israel. Este foi rejeitado por Deus devido a sua insubordinação e desobediência. No lugar de Saul foi ungido o segundo rei de Israel que se chamava Davi. Este foi o rei a quem Deus o considerou como “o homem segundo o coração de Deus”. Davi levou Israel aos patamares mais altos de conquista e obediência a Deus. Ele planejou empreender a construção do primeiro Templo de adoração a Deus, no entanto, quem construiu o Templo do Senhor foi Salomão, o sucessor de Davi. Salomão elevou o reino de Israel o topo do esplendor, foi no período do reinado de Salomão que a Nação de Israel alcançou a maior expansão territorial e obteve durante todo o do reinado de Salomão paz absoluta. O rei Salomão estabeleceu uma política de paz com as nações vizinhas e por isso estas não empreenderam qualquer guerra contra Israel, diferente da época dos reis Saul e Davi. A atitude de Salomão em promover a paz entre as nações trouxe sérios prejuízos à nação de Israel, porque ao mesmo tempo em que Salomão promovia alianças de paz com os demais reis, também casava com suas filhas e dessa forma atraia a cultura daquelas nações cujas mulheres ele se casou bem como a idolatria e práticas pagãs. As conseqüências dessa miscigenação de culturas e cultos religiosos levaram o rei Salomão à prática da idolatria, sobretudo na segunda metade do seu reinado, quando ele já estava em idade avançada. O rei Salomão trouxe inúmeras conquistas para Israel, tanto no campo religioso com a construção do Templo do Senhor e também no campo cultural e espiritual quando escreveu no período de sua juventude o livro de (Cantares) Cântico dos Cânticos de Salomão, no período da sua maturidade escreveu Provérbios e no período da sua velhice escreveu Eclesiastes. Estes livros fazem parte do grupo dos livros petiços do Antigo Testamento, juntamente com os livros de Jó e Salmos.
Após o reinado de Salomão lhe sucedeu o seu filho Roboão e no período que sucedeu o reinado de Roboão o Povo de Israel juntamente com seu rei voltou a desobedecer a Deus trazendo como conseqüência a divisão de Israel no Reino do Norte e no Reino do Sul, a queda do Reino do Norte nas mãos da Assíria, exílio do Reino do Sul em Babilônia. No período em que compreende os relatos de 1 Samuel a 2 Crônicas temos a relação dos seguintes eventos: Estabilização da nação (1 Samuel) – reinado de Saul, expansão da nação (2 Samuel) – reinado de Davi, glorificação da nação (1 Reis) – reinado de Salomão, divisão da nação (1 Reis) – reinado de Roboão, deterioração do Reino do Norte (2 Reis) – reinado de Jeroboão I em 931 a.C, deportação do Reino do Sul (1 Crônicas) - Roboão em 597 a.C, preparação do Templo, destruição do Templo.
O período de que cobre a restauração de Israel a qual teve a liderança de Esdras e Neemias foi relatado principalmente pelos livros de: Esdras, Neemias e Ester. Estes livros descrevem o regresso de um remanescente à terra de, pois de 70 anos de cativeiro (605-536 a.C.). Os Eventos principais relatados nestes livros são: Restauração do Templo, reconstrução de Jerusalém e proteção do povo de Israel.
“Em 538 a.C Ciro, rei dos Persas, assina um edito que põe um ponto final ao exílio judaico na Babilônia. No ano seguinte, inicia-se a volta para a Judéia. Este período é marcado pela reconstrução das muralhas e do Templo de Jerusalém. Como a Judéia perdeu a sua autonomia política, os judeus passaram a ser organizados pelo grupo de sacerdotes e por governadores impostos pelos impérios que dominavam a região. Após o domínio persa, que finaliza em 331 a.C, a Judéia passa a ser controlada pelos gregos.” Fonte: http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/cronologia.htm
Cronologicamente os livros Poéticos cobrem toda a história de Israel no Antigo Testamento e são assim chamados devido a sua forma, pois relatam histórias verídicas de pessoas que realmente existiram. Diferente dos livros poéticos do mundo pagão os livros poéticos da Bíblia – Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão apresentam fatos verdadeiros acerca de pessoas que no período em que viveram foram conhecidas e suas histórias ressaltam a intervenção de Deus em suas vidas e proporcionam exemplos valiosos de como podemos agir nas situações adversas. Podemos destacar como os livros poéticos que mesmo no sofrimento obtemos as bênçãos de Deus e alcançamos um maior relacionamento com Ele – Exemplo (Jó). A oração pode ser um veículo de Louvor e Adoração a Deus, por meio desta podemos glorificar e apresentar a nossa gratidão a Deus por sua benignidade e misericórdia – Exemplo (Salmos). O caminhar reto e com equidade pode ser aprendido a partir do momento em que ouvimos a sabedoria e os preceitos de Deus que nos proporciona uma vida de retidão e santidade – Exemplo (Provérbios). A maturidade é obtida a partir do momento em que podemos analisar os fatos que nos acontece diariamente a partir da ótica da palavra de Deus e passamos a conhecer a verdade para julgar e enxergar de forma precisa a realidade que nos cerca – Exemplo (Eclesiastes) e aprendemos a cultivar a união entre as pessoas e principalmente conjugal quando seguimos os princípios saldáveis de uma união sob a ótica da Palavra de Deus, assim, obtemos alegria e gozo constantes – Exemplo (Cântico dos Cânticos de Salomão).
Paralelamente a todo o relato dos livros históricos e a toda a descrição rica e bela dos livros poéticos. Visualizamos também o ministério dos Profetas Maiores e Menores. Vários livros dos Profetas Maiores e Menores foram escritos no mesmo período histórico relatado pelos dezessete livros históricos do Antigo Testamento. O profeta era o porta-voz de Deus, por isso, eles têm importância fundamental na história de Israel. Eles anunciavam os propósitos de Deus, a Sua vontade e Seus juízos. Dentre os profetas que tem seus escritos relacionados no Antigo Testamento e que estão classificados entre os Profetas Maiores e o destino e assunto de suas profecias estão: O profeta Isaías – profetizou na Judéia (acerca de Judá e Jerusalém – Is 1:1; 2:1, durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias [Reis de Judá] em 740-680 a.C no período histórico relatados em 2 Reis 15-21; 2 Crônicas 26-30), Jeremias – profetizou aos Judeus na Judéia e no Cativeiro (acerca de Judá e as nações – Jr 1:5, 9-10; 2:1-2, durante os reinados de Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim, Zedequias [Reis de Judá] em 627-585 a.C no período histórico relatado em 2 Reis 22-25), Ezequiel – profetizou aos Judeus cativos na Babilônia (acerca de toda casa de Israel – Ez 2:3-6; 3:4-10,17, durante os reinados de Zedequias [Rei de Judá]; Nabucodonozor [Rei de Babilônia] em 592-570 a.C no período histórico relatado em Daniel 1-6), e Daniel – profetizou aos Judeus cativos na Babilônia e reis gentios (acerca de Israel e as nações gentílicas – Dn 2:36-43; 9, durante os reinados de Jeoaquim, Joaquim, Zedequias [Reis de Judá] Nabucodonozor [Rei de Babilônia] em 605-536 a.C no período histórico relatado em Daniel 1-6).
Os Profetas Menores também tiveram sua importância nos eventos históricos de Israel e assim como os Profetas Maiores, eles também foram contemporâneos na maioria dos registros descritos nos Livros Históricos do Antigo Testamento. Dentre os profetas que tem seus escritos relacionados no Antigo Testamento e que estão classificados entre os Profetas Menores e o agrupamento segundo o exílio e os Reinos de Israel e Judá e o período de seus ministérios é como segue: Pré-exílicos em Israel – Jonas (profetizou em 793-753 a.C), Amós (profetizou em 760 a.C), Oséias (profetizou em 755-715 a.C); Pré-exílicos em Judá – Obadias (profetizou em 840 a.C), Joel (profetizou em 835-769 a.C), Miquéias (profetizou em 700 a.C), Naum (profetizou em 633-612 a.C), Safonias (630-625 a.C), Habacuque (profetizou em 600 a.C). Pós-exílicos que regressaram entre os remanescentes – Ageu (profetizou em 520 a.C), Zacarias 520-518 a.C) e Malaquias (450-400 a.C).
Os livros proféticos vislumbram o futuro de Israel e sua Redenção por meio do Messias com grande expectação da seguinte maneira:
“sO primeiros profetas (Oséias, Joel, Amós) esperam uma restauração nacional efetuada pelo Messias”. Isaías e Miquéias predizem a salvação internacional através da vinda de Cristo. Porém Obadias, Jonas, Naum, Habacuque e Safonias advertem acerca do castigo divino às nações. O livro de lamentações chora pela retribuição de Deus sobre seu povo, porém, Jeremias busca uma reafirmação da aliança em Cristo. Ezequiel espera a restauração religiosa da nação e Daniel prediz sua restauração política. Depois do cativeiro babilônico Ageu e Zacarias exortam ao povo a sua reconstrução religiosa e Malaquias a sua reconstrução social e moral, enquanto esperam o “sol da justiça que em suas asas trará salvação” (Malaquias 4:2).
Conclusão
O Antigo Testamento nos provê uma vasta variedade de relatos que podem nos ensinar acerca dos princípios e da vontade de Deus para nossa vida. Aprendemos desde o princípio deste compêndio que os exemplos aqui deixados por Deus servem para nos ajudar a compreender que Deus sempre quis ajudar a humanidade e convencê-los de que a vida fora dos propósitos dEle só trás diversos tipos de prejuízo e retrocessos. Além disso, a principal lição do Antigo Testamento que quanto mais aproximarmos do que Deus proporciona para a nossa vida, mais seremos abençoados nEle, isto é, se buscarmos ao Deus de Israel e obedecermos aos seus princípios e mandamentos seremos felizes e obteremos como conseqüência as Suas bênçãos.
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