A interpretação correta e saudável da Bíblia Sagrada depende de diversos fatores importantes, dentre eles podemos destacar o conhecimento da geografia bíblica. O conhecimento da terra onde ocorreu a maioria dos fatos bíblicos se torna muito importante e imprescindível, uma vez que temos registrado na bíblia a maioria dos acontecimentos bíblicos exatamente na terra da Palestina.
Para compreendermos com mais profundidade as Escrituras Sagradas, se faz necessário que o intérprete da Bíblia tenha o conhecimento dos lugares onde viveram os principais personagens bíblicos, onde ocorreu a maioria dos fatos narrados nas Escrituras, principalmente na época do Antigo Testamento que foram proferidas a maioria das profecias, onde surgiram e se desenvolveram as principais civilizações, impérios e monarquias, inclusive a nação e o Reino de Israel.
É necessário começar com uma visão ampla de todo o mundo bíblico, para depois sim conhecer as características físicas, humanas, econômicas, entre outras, da própria Palestina, chamada de Terra da Promessa, antiga Canaã e atual Estado de Israel. As terras bíblicas não se limitam ao relevo topográfico e aos nomes de lugares, casualmente com ecos longínquos de tempos passados. As terras correspondem também aos restos físicos, às relíquias arqueológicas da presença dos homens que nela habitaram: ruínas das cidades antigas, com suas muralhas e suas casas, túmulos e restos de utensílios domésticos. Devido às descobertas arqueológicas, podemos obter conhecimentos incríveis das línguas originais dos antigos habitantes, sua história, costumes, cultura e cidades, algumas desaparecidas e outras, reconstruídas, umas sobre as outras.
A geográfica bíblica tem papel fundamental porque ajuda remontar o período histórico que ocorreram os fatos que conhecemos através do relato bíblico. A localização geográfica da Palestina era um dos fatores principais para que desde épocas remotas os antigos povos povoassem e os antigos impérios a disputassem aquela região onde futuramente haveria de nascer o Salvador do mundo, o Senhor Jesus Cristo. Na Palestina, Jesus percorreu diversas cidades proclamando o Seu Evangelho, curando os enfermos, libertando os cativos do diabo e consolando os corações quebrantados.
Nenhuma outra parte do mundo presenciou algo tão tremendo quanto o ministério terreno de Jesus; e foi na Palestina que o Filho de Deus morreu por nossos pecados. Foi ali também que a Igreja nasceu. Portanto, este é um lugar que tem muita importância na história da redenção. Assim, devemos conhecer este lugar extraordinário para que a interpretação e o estudo das Sagradas Escrituras tenham mais significado e verdadeiro sentido.
Pr. Cristiano Vieira - A serviço do Reino de Deus
Convertido em Março de 1997. Professor de Escola Bíblica Dominical desde 1998, tendo passado por todas as faixas etárias do Ensino na EBD, ensinou na classe de obreiros e professores. Consagrado ao Santo Ministério em 29 de agosto de 2009.

quarta-feira, 9 de março de 2011
A IMPORTÂNCIA DE ESTUDAR COM OS IDIOMAS ORIGINAIS DAS ESCRITURAS
O Antigo Testamento e Novo Testamento foram escritos originalmente nos idiomas hebraico, Aramaico e Grego. No entanto, são poucas as porções da Bíblia Sagrada – A palavra de Deus – que foram escritas no idioma Aramaico (Esdras 4:6-8. 18; 7:11-26; Daniel 2:4-7.28; Gênesis 31. 47 [duas palavras]; Jeremias 10:11). O Antigo Testamento quase em sua totalidade foi escrito em Hebraico enquanto o Novo Testamento foi escrito em Grego. Estes idiomas são pertencentes à família de idiomas conhecidos como línguas semíticas.
É de suma importância o conhecimento das línguas originais das Escrituras Sagradas para uma melhor compreensão e aplicação dos ensinamentos que temos na Bíblia. Sem a exata compreensão do texto bíblico tornam-se incompleto e até mesmo incoerente algumas interpretações da Bíblia, pois se não compreendermos o significados da mensagem pelo significado exato/original da palavra, podemos incorrer em erros de interpretação e por conseqüência criar Doutrinas errôneas e distintas da verdade de Deus.
Se não dermos a devida importância ao conhecimento dos idiomas originais das Sagradas Escrituras, poderemos privar o povo de Deus de receber uma porção mais saudável e confiável da Palavra de Deus. Apesar de serem línguas complexas e não contemporâneas, temos algumas maneiras de complementarmos a compreensão das Escrituras com alguns recursos disponíveis em livrarias especializadas em literatura cristã.
A falta de conhecimento dos idiomas originais tem levado muitas pessoas ou grupos religiosos a formularem doutrinas errôneas e pela compreensão errada das Escrituras procuram sustentarem seus ensinamentos partindo apenas da sua simples e limitada compreensão, fazendo com que muitos tenham acesso a falsos ensinos e a interpretações totalmente destituídas da fiel e verdadeira Palavra de Deus.
Para corrigir esses graves problemas, devemos nos munir de recursos que são indispensáveis para uma correta compreensão e aplicação das Escrituras Sagradas. A solução mais viável é freqüentar cursos de idioma Hebraico e Grego – que geralmente são ministrados em Seminários Teológicos - ou na falta destes, usar recursos didáticos como: gramáticas, dicionários expositivos de palavras, dicionários bíblicos, concordâncias temáticas, enciclopédias, léxico bíblico do Antigo e Novo Testamento, bíblias de estudo, e diferentes versões da bíblia. Essas ferramentas podem e devem ser usadas principalmente na fase de interpretação dos textos bíblicos. A interpretação saudável da bíblia exige que se investigue o significado do texto em seu contexto histórico, gramática e teológico.
É importante lembrar que todos esses recursos são limitados em se tratando da Palavra de Deus que é infinito. No entanto, temos que nos assegurar com a devida orientação do Espírito Santo que nos foi dado para nos guiar em toda a verdade de Deus. Portanto, nós podemos confiar que Deus honrará a nossa investigação honesta e séria da Bíblia em busca da correta interpretação das Escrituras ao nos submetermos ao ensino e iluminação do Espírito Santo em conformidade com a verdade objetiva das Sagradas Escrituras.
É de suma importância o conhecimento das línguas originais das Escrituras Sagradas para uma melhor compreensão e aplicação dos ensinamentos que temos na Bíblia. Sem a exata compreensão do texto bíblico tornam-se incompleto e até mesmo incoerente algumas interpretações da Bíblia, pois se não compreendermos o significados da mensagem pelo significado exato/original da palavra, podemos incorrer em erros de interpretação e por conseqüência criar Doutrinas errôneas e distintas da verdade de Deus.
Se não dermos a devida importância ao conhecimento dos idiomas originais das Sagradas Escrituras, poderemos privar o povo de Deus de receber uma porção mais saudável e confiável da Palavra de Deus. Apesar de serem línguas complexas e não contemporâneas, temos algumas maneiras de complementarmos a compreensão das Escrituras com alguns recursos disponíveis em livrarias especializadas em literatura cristã.
A falta de conhecimento dos idiomas originais tem levado muitas pessoas ou grupos religiosos a formularem doutrinas errôneas e pela compreensão errada das Escrituras procuram sustentarem seus ensinamentos partindo apenas da sua simples e limitada compreensão, fazendo com que muitos tenham acesso a falsos ensinos e a interpretações totalmente destituídas da fiel e verdadeira Palavra de Deus.
Para corrigir esses graves problemas, devemos nos munir de recursos que são indispensáveis para uma correta compreensão e aplicação das Escrituras Sagradas. A solução mais viável é freqüentar cursos de idioma Hebraico e Grego – que geralmente são ministrados em Seminários Teológicos - ou na falta destes, usar recursos didáticos como: gramáticas, dicionários expositivos de palavras, dicionários bíblicos, concordâncias temáticas, enciclopédias, léxico bíblico do Antigo e Novo Testamento, bíblias de estudo, e diferentes versões da bíblia. Essas ferramentas podem e devem ser usadas principalmente na fase de interpretação dos textos bíblicos. A interpretação saudável da bíblia exige que se investigue o significado do texto em seu contexto histórico, gramática e teológico.
É importante lembrar que todos esses recursos são limitados em se tratando da Palavra de Deus que é infinito. No entanto, temos que nos assegurar com a devida orientação do Espírito Santo que nos foi dado para nos guiar em toda a verdade de Deus. Portanto, nós podemos confiar que Deus honrará a nossa investigação honesta e séria da Bíblia em busca da correta interpretação das Escrituras ao nos submetermos ao ensino e iluminação do Espírito Santo em conformidade com a verdade objetiva das Sagradas Escrituras.
terça-feira, 8 de março de 2011
Um Breve Comentário ao Novo Testamento
Introdução
O Novo Testamento é composto por três (03) seções e vinte e sete 27 livros. Estas apresentam as seguintes divisões: Seção 01 – História; Seção 02 – Epístolas (Cartas) e Seção 03 – Profecia. As seguintes considerações se podem fazer acerca das divisões do Novo Testamento. A seção 01 apresenta uma visão geral acerca da pessoa do Senhor Jesus Cristo. Formada pelos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas, João e o Livro de Atos dos Apóstolos. Estes livros (Evangelhos) nos proporcionam uma visão da Manifestação do Messias Prometido: A chegada do Salvador, Sua pessoa e obra. O livro de Atos dos Apóstolos nos mostra Os Atos do Espírito Santo por meio dos apóstolos. É a Transmissão/Proclamação da Mensagem do Salvador que há vindo. Os livros históricos apresentam os principais fatos que acorreram na Vida do Mestre e o começo e desenvolvimento da História inicial da Igreja Primitiva e do Cristianismo Histórico. A seção 02 apresenta as vinte e uma Epístolas: de Romanos a Judas. Estas Epístolas foram enviadas a igrejas e indivíduos. As Epístolas têm o propósito de Explicar a Pessoa do Senhor Jesus Cristo. Nelas é desenvolvido e explicado o significado da Pessoa de Cristo e seus efeitos no caminhar do cristão no mundo. A seção 03 por sua vez é o livro da Revelação/Profecia. Contém apenas o livro de Apocalipse. É a revelação do Senhor Jesus Cristo. Nele são proclamados os eventos futuros, ou seja, antecipando os eventos do fim e o regresso do Senhor, Seu reinado e o estado eterno.
Desenvolvimento
O Novo Testamento destaca vários temas importantes para o caminhar do cristão no mundo. O principal e maior do temas do Novo Testamento é a Pessoa do Senhor Jesus Cristo. Ele é a plenitude das Escrituras: Antigo e Novo Testamento. Nele se cumpre todas as promessas que haviam sido feitas, escritas e descritas no Antigo Testamento. Em Jesus Cristo se manifestou a santidade de Deus que havida sido revelada no Antigo Testamento através da Lei de Moisés. No Novo Testamento nós temos a plena e clara visão do caráter de Deus manifestados no Senhor Jesus Cristo. Através de Jesus Cristo nós temos a exata demonstração e execução dos Planos de Deus para a Salvação do homem e nele é obtida a reconciliação da humanidade com o Senhor. Antes pela Lei e os Sacrifícios de animais se conseguia encobrir os pecados. Por meio do sacrifício de si mesmo Cristo resgatou a humanidade e apagou os pecados de todos. Temos no Novo Testamento a declaração de maior força e poder, as quais revelam o propósito de Deus para com a humanidade: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16. O Novo Testamento é um livro histórico das boas novas do Deus vivo agindo na história humana, não só no passado, mas também no presente e futuro, com base em Suas promessas, as quais têm de serem vividas pela fé.
Nos Evangelhos encontramos alguns fatos que são comuns entre si, mais precisamente nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Tais semelhanças nos relatos por eles mencionados os classificam como “Os Evangelhos Sonópticos”. Ainda que cada Evangelho tenha uma ênfase e propósito distinto, eles apresentam um mesmo ponto de vista acerca da vida de Cristo, concordam em tem e ordem. Também apresentam a vida de Cristo de uma maneira que complementam a perspectiva que nos dá o Evangelho de João. Dentre as os principais assuntos que são comuns nos três Evangelhos destacam-se os seguintes: Anúncio do Messias através de João Batista – Mateus 3, Marcos, 1 e Lucas 3; Batismo de Jesus – Mateus 4, Marcos 1 e Lucas 4; Tentação de Jesus – Mateus 4, Marcos 1 e Lucas 4; O Ensino e os milagres de Jesus (a maior parte de cada um dos primeiros três Evangelhos); A transfiguração de Jesus – Mateus 17, Marcos 9 e Lucas 9; Juízo, morte e sepultamento de Jesus – Mateus 26-27, Marcos 14-15 e Lucas 22-23; Ressurreição de Jesus – Mateus 28, Marcos 16 e Lucas 24.
Além dos temas comuns, os Evangelhos também apresentam quatro maneiras e com enfoques distintos a pessoa de Jesus Cristo, porém, com relatos complementares entre si. Estas diferentes perspectivas se evidenciam da seguinte forma: Em Mateus temos um relato direcionado aos Judeus com o propósito de convencê-los que Jesus de Nazaré é o Messias, o Rei dos Judeus, o que havia sido prometido no Antigo Testamento; Em Marcos encontramos um relato direcionado aos Romanos, apresenta Jesus como o Servo do Senhor que veio para “dar a sua vida em resgate por muitos.” Tem um testemunho muito claro, objetivo, curto e direto. Concentra maior parte dos seus relatos aos eventos da última semana de Jesus; Em Lucas temos a descrição de Jesus como o Filho do Homem perfeito que “veio buscar o que se havia perdido” Lucas 19:10. Enfatiza a verdadeira humanidade de Cristo e evidencia a sua divindade. Segundo os grandes pesquisadores Lucas direcionou seu relato aos Gregos; E em João temos um profundo relato de Jesus como o Filho de Deus que dá vida eterna e abundante a todos os que O recebem, crendo Nele (João 1:1; 2:12; 3:16-18,36; 10:10). O Evangelho de João, ainda que tenha sido escrito para toda a humanidade, foi escrito de maneira muito especial para a Igreja. É o mais teológico de todos os Evangelhos especialmente referente à divindade de Cristo.
No livro de Atos dos Apóstolos nós podemos acompanhar os principais fatos relacionados ao início e desenvolvimento da Igreja Primitiva bem como a disseminação do Evangelho de Cristo. Nele nós encontramos a promessa do derramamento do Espírito (Atos 2) se cumprindo na vida dos Apóstolos. No entanto, dentre os apóstolos os que mais se mencionam no livro de Atos são Pedro e Paulo. Aqui vemos o início da Grande Comissão, onde os Apóstolos se espalharam por todo o mundo conhecido daquela época para pregar o Evangelho de Jesus Cristo. Em Atos nós vemos o Poder e o Espírito Santo cooperando com os Apóstolos na Pregação do Evangelho e dessa forma ia se disseminando o Cristianismo. Os principais personagens deste livro são: Pedro, João, Estevão, Felipe, Tiago, Barnabé, Silas e Paulo. Dentre muitas mensagens encontradas no livro de Atos dos Apóstolos o que mais se destaca é a Ressurreição do Salvador Jesus Cristo. Um fato histórico que jamais poderia ter sido ignorado é muito evidenciado aqui, sendo a principal pedra fundamental do Cristianismo. Tanto as Escrituras do Antigo Testamento, como a ressurreição histórica, o testemunho apostólico e o poder de convicção do Espírito Santo dão testemunho de que Jesus é o Senhor e Cristo (Atos 2:22-36; 10:34-43). “Dele todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados” (10:43) E “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (4:12).
Dentre as vinte e uma Epistolas, nós temos as epístolas paulinas e epístolas não paulinas (gerais). As epístolas de Paulo são classificadas em duas categorias: nove epístolas foram escritas as igrejas e quatros pastorais. A isto seguem oito epístolas hebraico-cristãs. É natural que haja muitas perguntas no que se refere á aplicação do Evangelho aos cristãos. Por isso, as epístolas nos respondem essas perguntas; além disso, nos dão a interpretação da pessoa e obra de Cristo, e aplicam a verdade do Evangelho aos crentes. Paulo foi o principal autor desta parte do Novo Testamento. Sendo ele o principal personagem de destaque nesse trecho das Escrituras neo-testamentária. Este por sua vez foi conhecido por muitos anos como Saulo de Tarso. Filho de pais judeus, ele nasceu em Tarso da Cilícia. Foi criado desde muito sedo na instrução e prática da religião judaica (Atos 23:6), ele falava hebraico e aramaico, originário da tribo de Benjamim (Filipenses 3:4, 5) e tinha como profissão, fabricar tendas (Atos 18:3). Sua dedicação aos estudos da religião judaica foi logo evidente, tornando-se assim, um fiel e extremo defensor de suas tradições ancestrais (Gálatas 1;14). Teve Gamaliel como mestre, o mais notável e célebre mestre da escola de Hillel (Atos 22:3). Dessa forma, Saulo tornou-se o principal “defensor” de sua religião, procurando assim, destruir a Igreja do Senhor Jesus Cristo (Atos 26:10; Gálatas 1:13). Enquanto perseguia ativa e constantemente á Igreja de Jesus Cristo, indo de caminho a Damasco, Saulo teve um encontro com o Cristo ressuscitado e glorificado, isto teve um efeito revolucionário em sua vida (A tos 9:3-30). Saulo havia negado a verdade cristã de que Cristo era o Messias, o Filho de Deus. Além disso, ele não havia crido que Cristo havia ressuscitado dos mortos como o proclamara Estevão quando gritava que “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus” (Atos 7:56). “Mentiroso!” – eles gritaram. E o apedrejaram. Saulo estava ali e “consentia em sua morte”. Porém quando o Senhor Jesus falou a Saulo naquele dia em Damasco, ele se deu conta de que Estevão estava certo e que ele estava errado. Jesus estava vivo conforme do testemunho dos apóstolos. Desde então, nas sinagogas de Damasco, Saulo (agora Paulo) pregava Cristo como Salvador. Ainda que a experiência tenha sido dramática e repentina seus efeitos foram duradouros. O impacto deve ter causado grandes ajustes psicológicos e intelectuais. Por isso, talvez, tenhamos o período na Arábia e Damasco antes da sua primeira visita a Jerusalém (Gálatas 1:16-19). Depois regressou a sua terra natal e por um período de oito a dez anos não se sabe muito de suas atividades.
As epístolas tratam de assuntos variados de caráter pessoais e pastorais. No que se referem à igreja as cartas explicam os mais variados assuntos que antes não tinham sido previamente discutidos e devidamente entendidos pelos cristãos da época. Servem de base expositiva dos grandes temas do Novo Testamento: O Senhor Jesus Cristo; A Mensagem do Evangelho e Os Efeitos do Evangelho e a União dos Crentes com Cristo. Nas epístolas temos os devidos esclarecimentos das Doutrinas de Cristo: O Pecado, A Cruz, A Redenção, A Moralidade, A Santidade, A Adoração, Os Dons Espirituais, O Espírito Santo, O Fruto do Espírito, A Ressurreição, As Ofertas, A Volta de Cristo entre outras. Suas Instituições: O Batismo e a Santa Ceia.
As epístolas gerais, cujos autores são Tiago, Pedro, João, Judas e o autor aos Hebreus que é anônimo, têm muitas contribuições para a Igreja, pois apresentam diversos pontos de vista além da visão de Paulo. Em geral, podemos dizer que as epístolas de Tiago e 1 Pedro são éticas (de acordo com os princípios divinos do bem e do mal), que fazem um chamado aos crentes para caminharem em santidade com o Salvador. A segunda epístola de Pedro e Judas é de caráter apocalíptico (proféticas), advertindo aos crentes acerca da presença de falsos mestres e chamando-os a contender pela fé. Hebreus e as epístolas de João são principalmente cristológicas e éticas, chamando aos cristãos a permanecerem em Cristo já que Ele é o cumprimento da aliança do Antigo Testamento e a revelação final de Deus, a experimentar Sua vida e a não ir além da verdade do Evangelho.
Finalmente em Apocalipse chegamos à conclusão e à consumação da Bíblia, a revelação de Deus para o homem. Assim como Gênesis é o livro dos princípios (do começo), Apocalipse é o livro da terminação (consumação/fim). Apocalipse descreve os eventos do fim dos tempos, a vinda do Senhor Jesus Cristo, Seu reinado e o estado eterno. Em toda a mensagem da Bíblia Sagrada temos visto grandes temas como: o céu e a terra, alianças, o homem, salvação, adversário e sua queda e condenação, Israel, o Reino. Os Evangelhos e as Epístolas começam a reunir tudo, porém, ao chegar a Apocalipse tudo converge.
Conclusão
O Novo Testamento tem a função de revelar a Cristo e o faz com muita clareza e beleza. Temos nele a total revelação dos planos de Deus para a humanidade e o consumador do Seu plano: O Senhor Jesus Cristo. Dentro do Novo Testamento nós encontramos tudo o que precisamos para servir a Deus em concordância com a sua vontade. Sua graça se torna indispensável e nos proporciona uma imensa liberdade para conhecê-Lo, servi-Lo e amá-Lo como Cristo nos amou. O Senhor Jesus Cristo que é o revelador e consumador dos planos de Deus devemos temer e honrar. Sobre Ele o Apocalipse Mostra a Sua glória, sabedoria e poder (Ap 1:1-20), a Sua autoridade sobre a Igreja (Ap 2:1-3:22) e Seu poder e direito para julgar o mundo (Ap 5:1-19:21). Como é a revelação de Jesus Cristo aqui se tem vários títulos descritivos; especificamente se descreve a Jesus Cristo como: a testemunha fiel, o primogênito dos mortos, soberano rei da terra (Ap 1:5, o primeiro e o último (Ap 1:17), Aquele que vive (Ap 1:18) o Filho de Deus (Ap 2:18), o Santo e o Verdadeiro (Ap 3:7), o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi (Ap 5:5), um Cordeiro (Ap 5:6) Fiel e Verdadeiro (Ap 19:11) O VERBO DE DEUS (Ap 19:13), REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES (Ap 19:16), o Alfa e o ômega (Ap 22:13), a estrela resplandecente da manhã (Ap 22:16) e nosso Senhor Jesus Cristo (Ap 22:21). A Ele toda a Glória.
O Novo Testamento é composto por três (03) seções e vinte e sete 27 livros. Estas apresentam as seguintes divisões: Seção 01 – História; Seção 02 – Epístolas (Cartas) e Seção 03 – Profecia. As seguintes considerações se podem fazer acerca das divisões do Novo Testamento. A seção 01 apresenta uma visão geral acerca da pessoa do Senhor Jesus Cristo. Formada pelos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas, João e o Livro de Atos dos Apóstolos. Estes livros (Evangelhos) nos proporcionam uma visão da Manifestação do Messias Prometido: A chegada do Salvador, Sua pessoa e obra. O livro de Atos dos Apóstolos nos mostra Os Atos do Espírito Santo por meio dos apóstolos. É a Transmissão/Proclamação da Mensagem do Salvador que há vindo. Os livros históricos apresentam os principais fatos que acorreram na Vida do Mestre e o começo e desenvolvimento da História inicial da Igreja Primitiva e do Cristianismo Histórico. A seção 02 apresenta as vinte e uma Epístolas: de Romanos a Judas. Estas Epístolas foram enviadas a igrejas e indivíduos. As Epístolas têm o propósito de Explicar a Pessoa do Senhor Jesus Cristo. Nelas é desenvolvido e explicado o significado da Pessoa de Cristo e seus efeitos no caminhar do cristão no mundo. A seção 03 por sua vez é o livro da Revelação/Profecia. Contém apenas o livro de Apocalipse. É a revelação do Senhor Jesus Cristo. Nele são proclamados os eventos futuros, ou seja, antecipando os eventos do fim e o regresso do Senhor, Seu reinado e o estado eterno.
Desenvolvimento
O Novo Testamento destaca vários temas importantes para o caminhar do cristão no mundo. O principal e maior do temas do Novo Testamento é a Pessoa do Senhor Jesus Cristo. Ele é a plenitude das Escrituras: Antigo e Novo Testamento. Nele se cumpre todas as promessas que haviam sido feitas, escritas e descritas no Antigo Testamento. Em Jesus Cristo se manifestou a santidade de Deus que havida sido revelada no Antigo Testamento através da Lei de Moisés. No Novo Testamento nós temos a plena e clara visão do caráter de Deus manifestados no Senhor Jesus Cristo. Através de Jesus Cristo nós temos a exata demonstração e execução dos Planos de Deus para a Salvação do homem e nele é obtida a reconciliação da humanidade com o Senhor. Antes pela Lei e os Sacrifícios de animais se conseguia encobrir os pecados. Por meio do sacrifício de si mesmo Cristo resgatou a humanidade e apagou os pecados de todos. Temos no Novo Testamento a declaração de maior força e poder, as quais revelam o propósito de Deus para com a humanidade: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16. O Novo Testamento é um livro histórico das boas novas do Deus vivo agindo na história humana, não só no passado, mas também no presente e futuro, com base em Suas promessas, as quais têm de serem vividas pela fé.
Nos Evangelhos encontramos alguns fatos que são comuns entre si, mais precisamente nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Tais semelhanças nos relatos por eles mencionados os classificam como “Os Evangelhos Sonópticos”. Ainda que cada Evangelho tenha uma ênfase e propósito distinto, eles apresentam um mesmo ponto de vista acerca da vida de Cristo, concordam em tem e ordem. Também apresentam a vida de Cristo de uma maneira que complementam a perspectiva que nos dá o Evangelho de João. Dentre as os principais assuntos que são comuns nos três Evangelhos destacam-se os seguintes: Anúncio do Messias através de João Batista – Mateus 3, Marcos, 1 e Lucas 3; Batismo de Jesus – Mateus 4, Marcos 1 e Lucas 4; Tentação de Jesus – Mateus 4, Marcos 1 e Lucas 4; O Ensino e os milagres de Jesus (a maior parte de cada um dos primeiros três Evangelhos); A transfiguração de Jesus – Mateus 17, Marcos 9 e Lucas 9; Juízo, morte e sepultamento de Jesus – Mateus 26-27, Marcos 14-15 e Lucas 22-23; Ressurreição de Jesus – Mateus 28, Marcos 16 e Lucas 24.
Além dos temas comuns, os Evangelhos também apresentam quatro maneiras e com enfoques distintos a pessoa de Jesus Cristo, porém, com relatos complementares entre si. Estas diferentes perspectivas se evidenciam da seguinte forma: Em Mateus temos um relato direcionado aos Judeus com o propósito de convencê-los que Jesus de Nazaré é o Messias, o Rei dos Judeus, o que havia sido prometido no Antigo Testamento; Em Marcos encontramos um relato direcionado aos Romanos, apresenta Jesus como o Servo do Senhor que veio para “dar a sua vida em resgate por muitos.” Tem um testemunho muito claro, objetivo, curto e direto. Concentra maior parte dos seus relatos aos eventos da última semana de Jesus; Em Lucas temos a descrição de Jesus como o Filho do Homem perfeito que “veio buscar o que se havia perdido” Lucas 19:10. Enfatiza a verdadeira humanidade de Cristo e evidencia a sua divindade. Segundo os grandes pesquisadores Lucas direcionou seu relato aos Gregos; E em João temos um profundo relato de Jesus como o Filho de Deus que dá vida eterna e abundante a todos os que O recebem, crendo Nele (João 1:1; 2:12; 3:16-18,36; 10:10). O Evangelho de João, ainda que tenha sido escrito para toda a humanidade, foi escrito de maneira muito especial para a Igreja. É o mais teológico de todos os Evangelhos especialmente referente à divindade de Cristo.
No livro de Atos dos Apóstolos nós podemos acompanhar os principais fatos relacionados ao início e desenvolvimento da Igreja Primitiva bem como a disseminação do Evangelho de Cristo. Nele nós encontramos a promessa do derramamento do Espírito (Atos 2) se cumprindo na vida dos Apóstolos. No entanto, dentre os apóstolos os que mais se mencionam no livro de Atos são Pedro e Paulo. Aqui vemos o início da Grande Comissão, onde os Apóstolos se espalharam por todo o mundo conhecido daquela época para pregar o Evangelho de Jesus Cristo. Em Atos nós vemos o Poder e o Espírito Santo cooperando com os Apóstolos na Pregação do Evangelho e dessa forma ia se disseminando o Cristianismo. Os principais personagens deste livro são: Pedro, João, Estevão, Felipe, Tiago, Barnabé, Silas e Paulo. Dentre muitas mensagens encontradas no livro de Atos dos Apóstolos o que mais se destaca é a Ressurreição do Salvador Jesus Cristo. Um fato histórico que jamais poderia ter sido ignorado é muito evidenciado aqui, sendo a principal pedra fundamental do Cristianismo. Tanto as Escrituras do Antigo Testamento, como a ressurreição histórica, o testemunho apostólico e o poder de convicção do Espírito Santo dão testemunho de que Jesus é o Senhor e Cristo (Atos 2:22-36; 10:34-43). “Dele todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados” (10:43) E “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (4:12).
Dentre as vinte e uma Epistolas, nós temos as epístolas paulinas e epístolas não paulinas (gerais). As epístolas de Paulo são classificadas em duas categorias: nove epístolas foram escritas as igrejas e quatros pastorais. A isto seguem oito epístolas hebraico-cristãs. É natural que haja muitas perguntas no que se refere á aplicação do Evangelho aos cristãos. Por isso, as epístolas nos respondem essas perguntas; além disso, nos dão a interpretação da pessoa e obra de Cristo, e aplicam a verdade do Evangelho aos crentes. Paulo foi o principal autor desta parte do Novo Testamento. Sendo ele o principal personagem de destaque nesse trecho das Escrituras neo-testamentária. Este por sua vez foi conhecido por muitos anos como Saulo de Tarso. Filho de pais judeus, ele nasceu em Tarso da Cilícia. Foi criado desde muito sedo na instrução e prática da religião judaica (Atos 23:6), ele falava hebraico e aramaico, originário da tribo de Benjamim (Filipenses 3:4, 5) e tinha como profissão, fabricar tendas (Atos 18:3). Sua dedicação aos estudos da religião judaica foi logo evidente, tornando-se assim, um fiel e extremo defensor de suas tradições ancestrais (Gálatas 1;14). Teve Gamaliel como mestre, o mais notável e célebre mestre da escola de Hillel (Atos 22:3). Dessa forma, Saulo tornou-se o principal “defensor” de sua religião, procurando assim, destruir a Igreja do Senhor Jesus Cristo (Atos 26:10; Gálatas 1:13). Enquanto perseguia ativa e constantemente á Igreja de Jesus Cristo, indo de caminho a Damasco, Saulo teve um encontro com o Cristo ressuscitado e glorificado, isto teve um efeito revolucionário em sua vida (A tos 9:3-30). Saulo havia negado a verdade cristã de que Cristo era o Messias, o Filho de Deus. Além disso, ele não havia crido que Cristo havia ressuscitado dos mortos como o proclamara Estevão quando gritava que “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus” (Atos 7:56). “Mentiroso!” – eles gritaram. E o apedrejaram. Saulo estava ali e “consentia em sua morte”. Porém quando o Senhor Jesus falou a Saulo naquele dia em Damasco, ele se deu conta de que Estevão estava certo e que ele estava errado. Jesus estava vivo conforme do testemunho dos apóstolos. Desde então, nas sinagogas de Damasco, Saulo (agora Paulo) pregava Cristo como Salvador. Ainda que a experiência tenha sido dramática e repentina seus efeitos foram duradouros. O impacto deve ter causado grandes ajustes psicológicos e intelectuais. Por isso, talvez, tenhamos o período na Arábia e Damasco antes da sua primeira visita a Jerusalém (Gálatas 1:16-19). Depois regressou a sua terra natal e por um período de oito a dez anos não se sabe muito de suas atividades.
As epístolas tratam de assuntos variados de caráter pessoais e pastorais. No que se referem à igreja as cartas explicam os mais variados assuntos que antes não tinham sido previamente discutidos e devidamente entendidos pelos cristãos da época. Servem de base expositiva dos grandes temas do Novo Testamento: O Senhor Jesus Cristo; A Mensagem do Evangelho e Os Efeitos do Evangelho e a União dos Crentes com Cristo. Nas epístolas temos os devidos esclarecimentos das Doutrinas de Cristo: O Pecado, A Cruz, A Redenção, A Moralidade, A Santidade, A Adoração, Os Dons Espirituais, O Espírito Santo, O Fruto do Espírito, A Ressurreição, As Ofertas, A Volta de Cristo entre outras. Suas Instituições: O Batismo e a Santa Ceia.
As epístolas gerais, cujos autores são Tiago, Pedro, João, Judas e o autor aos Hebreus que é anônimo, têm muitas contribuições para a Igreja, pois apresentam diversos pontos de vista além da visão de Paulo. Em geral, podemos dizer que as epístolas de Tiago e 1 Pedro são éticas (de acordo com os princípios divinos do bem e do mal), que fazem um chamado aos crentes para caminharem em santidade com o Salvador. A segunda epístola de Pedro e Judas é de caráter apocalíptico (proféticas), advertindo aos crentes acerca da presença de falsos mestres e chamando-os a contender pela fé. Hebreus e as epístolas de João são principalmente cristológicas e éticas, chamando aos cristãos a permanecerem em Cristo já que Ele é o cumprimento da aliança do Antigo Testamento e a revelação final de Deus, a experimentar Sua vida e a não ir além da verdade do Evangelho.
Finalmente em Apocalipse chegamos à conclusão e à consumação da Bíblia, a revelação de Deus para o homem. Assim como Gênesis é o livro dos princípios (do começo), Apocalipse é o livro da terminação (consumação/fim). Apocalipse descreve os eventos do fim dos tempos, a vinda do Senhor Jesus Cristo, Seu reinado e o estado eterno. Em toda a mensagem da Bíblia Sagrada temos visto grandes temas como: o céu e a terra, alianças, o homem, salvação, adversário e sua queda e condenação, Israel, o Reino. Os Evangelhos e as Epístolas começam a reunir tudo, porém, ao chegar a Apocalipse tudo converge.
Conclusão
O Novo Testamento tem a função de revelar a Cristo e o faz com muita clareza e beleza. Temos nele a total revelação dos planos de Deus para a humanidade e o consumador do Seu plano: O Senhor Jesus Cristo. Dentro do Novo Testamento nós encontramos tudo o que precisamos para servir a Deus em concordância com a sua vontade. Sua graça se torna indispensável e nos proporciona uma imensa liberdade para conhecê-Lo, servi-Lo e amá-Lo como Cristo nos amou. O Senhor Jesus Cristo que é o revelador e consumador dos planos de Deus devemos temer e honrar. Sobre Ele o Apocalipse Mostra a Sua glória, sabedoria e poder (Ap 1:1-20), a Sua autoridade sobre a Igreja (Ap 2:1-3:22) e Seu poder e direito para julgar o mundo (Ap 5:1-19:21). Como é a revelação de Jesus Cristo aqui se tem vários títulos descritivos; especificamente se descreve a Jesus Cristo como: a testemunha fiel, o primogênito dos mortos, soberano rei da terra (Ap 1:5, o primeiro e o último (Ap 1:17), Aquele que vive (Ap 1:18) o Filho de Deus (Ap 2:18), o Santo e o Verdadeiro (Ap 3:7), o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi (Ap 5:5), um Cordeiro (Ap 5:6) Fiel e Verdadeiro (Ap 19:11) O VERBO DE DEUS (Ap 19:13), REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES (Ap 19:16), o Alfa e o ômega (Ap 22:13), a estrela resplandecente da manhã (Ap 22:16) e nosso Senhor Jesus Cristo (Ap 22:21). A Ele toda a Glória.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Uma história de busca pela paz
Texto Principal: Jeremias 29:1-14
Texto chave: Jeremias 29: 11.
“Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais.
Introdução
Ao observarmos o propósito geral desta profecia de Jeremias, entendemos que ao findar o cativeiro de setenta anos haveria uma plenitude dos tempos. Deus moveria o remanescente santo para que este o buscasse em persistente oração. Deus responderia e cumpriria suas promessas de restauração do povo (VV. 13,14). Notemos aqui dois princípios: (1) quando Deus quer realizar grandes coisas em favor do seu povo, Ele o impele a um grande movimento de oração; e (2) o momento precisa das respostas de Deus às orações dos filhos está muitas vezes vinculado aos Seus propósitos para com o Seu povo de forma coletiva.
I – DEFINIÇÃO DE PAZ. A palavra hebraica para “paz” é shalom. Denota muito mais do que a ausência de guerra e conflito. O significado básico de shalom é harmonia, plenitude, firmeza, bem-estar e êxito em todas as áreas da vida.
A. Pode referir-se à tranqüilidade nos relacionamentos internacionais, tal como a paz entre as nações em guerra (e. g. 1 Sm 7:14; 1 Rs 4:24; 1 Cr 19:9).
B. Pode referir-se a uma sensação de tranqüilidade dentro de uma nação durante tempos de prosperidade e sem guerra civil (2 Sm 3:21-23; 1 Cr 22:9; Sl 122:6,7).
C. Pode ser experimentada com integridade e harmonia nos relacionamentos humanos, no âmbito do lar (Pv 17:1; 1 Co 7:15) e fora dele (Rm 12:18; Hb 12:14; 1 Pe 3:11).
D. Pode referir-se ao nosso senso pessoal de integridade e bem-estar, livre de ansiedade e em paz com a própria alma (Sl 4:8; 119:165; cf. Jó 3:26) e com Deus (Nm 6:26; Rm 5:1).
E. Finalmente, embora a palavra shalom não seja empregada em Gn 1-2, ela descreve o mundo originalmente criado, que existia em perfeita harmonia e integridade. Quando Deus criou os céus e a terra, criou um mundo em paz. O bem-estar total da criação reflete-se na breve declaração: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1:31).
II – A INTERRUPÇÃO DA PAZ. Quando Adão e Eva deram atenção á voz da serpente, e comeram da árvore proibida (Gn 3:1-7), sua desobediência introduz o pecado e se interrompeu a paz e harmonia original do universo.
A. Naquele momento, Adão e Eva experimentaram, pela primeira vez, culpa e vergonha diante de Deus (Gn 3:8), e uma perda de paz interior.
B. O pecado de Adão e Eva no jardim do Éden destruiu seu relacionamento harmonioso com Deus. Antes de comerem daquele fruto, tinham íntima comunhão com Deus (cf. 3:8), mas depois se esconderam “da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim” (Gn 3:8). Ao invés de sentirem anelo (desejo) pela conversa com Deus, agora tiveram medo da sua voz (Gn 3:10).
C. Além disso, interrompeu-se o relacionamento harmonioso entre Adão e Eva como marido e mulher. Quando Deus começou a falar-lhes a respeito do pecado que haviam cometido, Adão lançou a culpa em Eva (Gn 3:12), e Deus que a rivalidade entre homem e a mulher continuariam (Gn 3:16). Assim começou o conflito social que agora é parte integrante das difíceis relações humanas, desde as discussões e a violência no lar (cf. 1 Sm 1:1-8; Pv 15:18; 17:1), até os conflitos e guerras internacionais.
D. Finalmente, o pecado interrompeu a harmonia e a unidade entre a raça humana e a natureza. Antes de Adão e Eva pecarem, trabalhavam alegremente no jardim do Éden (Gn 2:15), e andavam livremente entre os animais, dando nome a cada um deles (Gn 3:17-19). Antes havia harmonia entre a raça humana e o meio-ambiente, agora há lutas e conflitos de modo que “toda a criação [natureza] geme e está juntamente com dores de parto até agora” (ver Rm 8:22).
III – A RESTAURAÇÃO DA PAZ. Embora o resultado da queda fosse a destruição da paz e do bem-estar para a raça humana, e até mesmo para a totalidade do mundo criado, Deus planejou a restauração do shalom; logo, a história da reconquista da paz é a história da redenção em Cristo.
A. Tendo em vista que satanás deu início à destruição da paz no mundo, o restabelecimento da paz deve envolver a destruição de satanás e o deu poder. Por isso, muitas das promessas do Antigo Testamento a respeito da vinda do Messias eram promessas da vitória e paz vindouras. Davi profetizou que o filho de Deus governaria as nações (Sl 2:8,9; cf. Ap 2:26,27; 19:15). Isaías vaticinou que o Messias reinaria como o Príncipe da Paz (Is 9:6,7). Ezequiel predisse que o novo concerto que Deus se propôs estabelecer através do Messias seria um concerto de paz (Ez 35:25; 37:26). Jeremias assegurou que ao findar o cativeiro de setenta anos haveria uma plenitude dos tempos. Deus moveria o remanescente santo para que este o buscasse em persistente oração. Deus responderia e cumpriria suas promessas de restauração do povo (VV. 13,14). Notemos aqui dois princípios: (1) quando Deus quer realizar grandes coisas em favor do seu povo, Ele o impele a um grande movimento de oração; e (2) o momento precisa das respostas de Deus às orações dos filhos está muitas vezes vinculado aos Seus propósitos para com o Seu povo de forma coletiva. E Miquéias, ao profetizar o nascimento em Belém do rei vindouro, declarou: “Este será a nossa paz” (Mq 5:5).
B. Por ocasião do nascimento do de Jesus, os anjos proclamaram que a paz de Deus acabara de chegar à terra (Lc 2.14). O próprio Jesus veio para destruir as obras do diabo (1 Jo 3:8) e para romper todas as barreiras de conflito que tomasse parte da vida a fim de fazer paz (Ef 2:12-17). Jesus deu aos discípulos a sua paz como herança perpétua antes de ir à cruz (Jo 14:27; 16:33). Mediante a sua morte e ressurreição, Jesus desarmou os principados e potestades hostis, e assim possibilitou a paz (Cl 1:2; 2:14,15, cf. Is 53:4,5). Por isso, quando se crê em Jesus Cristo, se é justificado mediante a fé e se tem paz com Deus (Rm 5:1). A mensagem que os cristãos proclamam são as boas novas da paz (At 10:36; cf. I52.7).
Conclusão
Apenas saber que Cristo veio como o Príncipe da Paz não garante que a paz se tornará automaticamente parte da vida; para experimentar a paz há que se estar unido com Cristo numa fé viva e ativa. O primeiro passo é crer no Senhor Jesus Cristo. Quando assim faz, a pessoa justificada pela fé (Rm 3:21-28; 4:1-13; Gl 2:16) e assim tem paz com Deus (Rm 5:1). Juntamente com a fé, deve-se andar em obediência aos mandamentos divinos a fim de se viver em paz (Lv 26:3,6). Os profetas do Antigo Testamento declaram freqüentemente que não há paz para os ímpios (Is 57:21; 59:8; Jr 6:14; 8:11; Ez 13:10,16). A fim de que os cristãos sua paz perpétua, Deus lhes tem dado o Espírito Santo, que começa a operar em suas vidas o aspecto do fruto do Espírito, que é a paz (Gl 5:22; cf. Rm 14:17; Ef 4:3). Com a ajuda do Espírito, se deve orar pedindo a paz (Sl 122:6,7; Jr 29:7), deixar que a paz governe o coração (Cl 3:15), buscar a paz e segui-la (Sl 34:14; Jr 29:7; 2 Tm 2:22; 1 Pe 3:11), e se esforçar para viver em paz com o próximo (Rm 12:18; 2 Co 13:11; 1 Ts 13; Hb 12:14).
Texto chave: Jeremias 29: 11.
“Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais.
Introdução
Ao observarmos o propósito geral desta profecia de Jeremias, entendemos que ao findar o cativeiro de setenta anos haveria uma plenitude dos tempos. Deus moveria o remanescente santo para que este o buscasse em persistente oração. Deus responderia e cumpriria suas promessas de restauração do povo (VV. 13,14). Notemos aqui dois princípios: (1) quando Deus quer realizar grandes coisas em favor do seu povo, Ele o impele a um grande movimento de oração; e (2) o momento precisa das respostas de Deus às orações dos filhos está muitas vezes vinculado aos Seus propósitos para com o Seu povo de forma coletiva.
I – DEFINIÇÃO DE PAZ. A palavra hebraica para “paz” é shalom. Denota muito mais do que a ausência de guerra e conflito. O significado básico de shalom é harmonia, plenitude, firmeza, bem-estar e êxito em todas as áreas da vida.
A. Pode referir-se à tranqüilidade nos relacionamentos internacionais, tal como a paz entre as nações em guerra (e. g. 1 Sm 7:14; 1 Rs 4:24; 1 Cr 19:9).
B. Pode referir-se a uma sensação de tranqüilidade dentro de uma nação durante tempos de prosperidade e sem guerra civil (2 Sm 3:21-23; 1 Cr 22:9; Sl 122:6,7).
C. Pode ser experimentada com integridade e harmonia nos relacionamentos humanos, no âmbito do lar (Pv 17:1; 1 Co 7:15) e fora dele (Rm 12:18; Hb 12:14; 1 Pe 3:11).
D. Pode referir-se ao nosso senso pessoal de integridade e bem-estar, livre de ansiedade e em paz com a própria alma (Sl 4:8; 119:165; cf. Jó 3:26) e com Deus (Nm 6:26; Rm 5:1).
E. Finalmente, embora a palavra shalom não seja empregada em Gn 1-2, ela descreve o mundo originalmente criado, que existia em perfeita harmonia e integridade. Quando Deus criou os céus e a terra, criou um mundo em paz. O bem-estar total da criação reflete-se na breve declaração: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1:31).
II – A INTERRUPÇÃO DA PAZ. Quando Adão e Eva deram atenção á voz da serpente, e comeram da árvore proibida (Gn 3:1-7), sua desobediência introduz o pecado e se interrompeu a paz e harmonia original do universo.
A. Naquele momento, Adão e Eva experimentaram, pela primeira vez, culpa e vergonha diante de Deus (Gn 3:8), e uma perda de paz interior.
B. O pecado de Adão e Eva no jardim do Éden destruiu seu relacionamento harmonioso com Deus. Antes de comerem daquele fruto, tinham íntima comunhão com Deus (cf. 3:8), mas depois se esconderam “da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim” (Gn 3:8). Ao invés de sentirem anelo (desejo) pela conversa com Deus, agora tiveram medo da sua voz (Gn 3:10).
C. Além disso, interrompeu-se o relacionamento harmonioso entre Adão e Eva como marido e mulher. Quando Deus começou a falar-lhes a respeito do pecado que haviam cometido, Adão lançou a culpa em Eva (Gn 3:12), e Deus que a rivalidade entre homem e a mulher continuariam (Gn 3:16). Assim começou o conflito social que agora é parte integrante das difíceis relações humanas, desde as discussões e a violência no lar (cf. 1 Sm 1:1-8; Pv 15:18; 17:1), até os conflitos e guerras internacionais.
D. Finalmente, o pecado interrompeu a harmonia e a unidade entre a raça humana e a natureza. Antes de Adão e Eva pecarem, trabalhavam alegremente no jardim do Éden (Gn 2:15), e andavam livremente entre os animais, dando nome a cada um deles (Gn 3:17-19). Antes havia harmonia entre a raça humana e o meio-ambiente, agora há lutas e conflitos de modo que “toda a criação [natureza] geme e está juntamente com dores de parto até agora” (ver Rm 8:22).
III – A RESTAURAÇÃO DA PAZ. Embora o resultado da queda fosse a destruição da paz e do bem-estar para a raça humana, e até mesmo para a totalidade do mundo criado, Deus planejou a restauração do shalom; logo, a história da reconquista da paz é a história da redenção em Cristo.
A. Tendo em vista que satanás deu início à destruição da paz no mundo, o restabelecimento da paz deve envolver a destruição de satanás e o deu poder. Por isso, muitas das promessas do Antigo Testamento a respeito da vinda do Messias eram promessas da vitória e paz vindouras. Davi profetizou que o filho de Deus governaria as nações (Sl 2:8,9; cf. Ap 2:26,27; 19:15). Isaías vaticinou que o Messias reinaria como o Príncipe da Paz (Is 9:6,7). Ezequiel predisse que o novo concerto que Deus se propôs estabelecer através do Messias seria um concerto de paz (Ez 35:25; 37:26). Jeremias assegurou que ao findar o cativeiro de setenta anos haveria uma plenitude dos tempos. Deus moveria o remanescente santo para que este o buscasse em persistente oração. Deus responderia e cumpriria suas promessas de restauração do povo (VV. 13,14). Notemos aqui dois princípios: (1) quando Deus quer realizar grandes coisas em favor do seu povo, Ele o impele a um grande movimento de oração; e (2) o momento precisa das respostas de Deus às orações dos filhos está muitas vezes vinculado aos Seus propósitos para com o Seu povo de forma coletiva. E Miquéias, ao profetizar o nascimento em Belém do rei vindouro, declarou: “Este será a nossa paz” (Mq 5:5).
B. Por ocasião do nascimento do de Jesus, os anjos proclamaram que a paz de Deus acabara de chegar à terra (Lc 2.14). O próprio Jesus veio para destruir as obras do diabo (1 Jo 3:8) e para romper todas as barreiras de conflito que tomasse parte da vida a fim de fazer paz (Ef 2:12-17). Jesus deu aos discípulos a sua paz como herança perpétua antes de ir à cruz (Jo 14:27; 16:33). Mediante a sua morte e ressurreição, Jesus desarmou os principados e potestades hostis, e assim possibilitou a paz (Cl 1:2; 2:14,15, cf. Is 53:4,5). Por isso, quando se crê em Jesus Cristo, se é justificado mediante a fé e se tem paz com Deus (Rm 5:1). A mensagem que os cristãos proclamam são as boas novas da paz (At 10:36; cf. I52.7).
Conclusão
Apenas saber que Cristo veio como o Príncipe da Paz não garante que a paz se tornará automaticamente parte da vida; para experimentar a paz há que se estar unido com Cristo numa fé viva e ativa. O primeiro passo é crer no Senhor Jesus Cristo. Quando assim faz, a pessoa justificada pela fé (Rm 3:21-28; 4:1-13; Gl 2:16) e assim tem paz com Deus (Rm 5:1). Juntamente com a fé, deve-se andar em obediência aos mandamentos divinos a fim de se viver em paz (Lv 26:3,6). Os profetas do Antigo Testamento declaram freqüentemente que não há paz para os ímpios (Is 57:21; 59:8; Jr 6:14; 8:11; Ez 13:10,16). A fim de que os cristãos sua paz perpétua, Deus lhes tem dado o Espírito Santo, que começa a operar em suas vidas o aspecto do fruto do Espírito, que é a paz (Gl 5:22; cf. Rm 14:17; Ef 4:3). Com a ajuda do Espírito, se deve orar pedindo a paz (Sl 122:6,7; Jr 29:7), deixar que a paz governe o coração (Cl 3:15), buscar a paz e segui-la (Sl 34:14; Jr 29:7; 2 Tm 2:22; 1 Pe 3:11), e se esforçar para viver em paz com o próximo (Rm 12:18; 2 Co 13:11; 1 Ts 13; Hb 12:14).
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Um Breve Comentário ao Antigo Testamento
Introdução
O Antigo Testamento é composto por três (03) seções. Estas apresentam as seguintes subdivisões: Seção 01 – Os livros da Lei; Seção 02 – Livros Históricos e Poéticos e Seção 03 – Profetas Maiores e Menores. A seguinte consideração pode fazer acerca destas divisões do Antigo Testamento: A seção 01 – Apresenta uma visão geral sobre os livros da Lei ou Pentateuco. O Pentateuco mostra as principais informações sobre o mundo antigo. Mostra como começou e se desenvolveu a História e a Origem da Nação de Israel – A nação escolhida por Deus para lhe servir e apresentar ao Mundo (as outras nações) a Lei de seu Deus; o Deus de Israel. Mostra também a origem da religião judaica e o desenvolvimento do seu sistema de culto e adoração, os quais foram obtidos por Moisés no Monte Sinai. A seção 02 – Apresenta o desenvolvimento dos principais fatos que ocorreram na nação de Israel. No decorrer da História de Israel, estes livros cobrem os fatos referentes ao surgimento dos Juízes e da Monarquia, ou seja, quando Israel foi governada por seus primeiro Rei que se chamava Saul. Mostra também o crescimento de Israel como nação, o seu avanço em conquistar territórios, os quais foram conquistados inicialmente por Josué; o sucessor de Moisés. Os livros históricos relatam as glórias de Israel e seus reis, sobretudo os reis Davi e Salomão. Revela a história particular dos reis e suas derrotas, desobediência e também as conseqüências. A seção 03 – Apresenta a vida e ministério dos Profetas de Israel. Estes acompanham o desenrolar da história e mostram ao povo e seus governantes os propósitos de Deus. Destaca também as conseqüências de corridas da desobediência de Israel e principalmente de seus reis. Os livros proféticos apresentam as profecias acerca do futuro de Israel e muitas destas profecias tiveram os seus cumprimentos relatados nos próprios livros proféticos. O livro de Isaías começa esta seção e se destaca por ser o maior em extensão e principalmente por apresentar o Messias que estava por vir. Termina com o livro de Malaquias que apresenta o primeiro mensageiro da Nova Aliança que é João Batista que por sua vez preparou o caminho do Senhor Jesus Cristo.
Desenvolvimento
O Antigo Testamento é começa com o livro de Gênesis ‘‘o começo’’, cujo autor é Moisés. Podemos ver que muitas bênção e maldições. O livro mostra que os que obedeceram recebem o bem de Deus ao passo que os que desobedecem em conseqüência recebem o mal. A partir deste livro conhecemos toda origem das nações e da nação de Israel. Revela em seus principais protagonistas os propósitos de Deus para Israel e toda humanidade. Toda referencia histórica sobre o tempo antigo se obtém a partir do livro de Gênesis. Ele relata o começo de todas as coisas: O primeiro homem (Adão e Eva), casamento, trabalho, família, culto, sacrifício, pecado, homicídio, confusões (Torre de Babel), as nações, idiomas, peregrinações. Vemos a História dos Patriarcas Noé, Jacó, Abraão, a bela história de José e seus irmãos. No livro de Êxodo nós vemos o desfecho da história dos descendentes de José, os quais foram escravizados por Faraó – rei do Egito. Estes precisavam ‘‘sair” (este é o significado do nome do livro) do Egito para cultuar ao seu Deus. A narrativa do livro nos mostra que de um modo milagroso Deus proveu um libertador para o seu povo Israel. Moisés e seu Arão ficaram encarregados de tratar com faraó acerca da libertação do povo de Deus e depois de muitas tentativas, o povo foi liberto da escravidão (submissão) no Egito. Após este eventos vemos o relato de grandes sinais e maravilhas que Deus promoveu afim de encorajar e aumentar a fé e temor no povo. Através de Moisés Deus entregou a Planta do Tabernáculo (Tenda da Congregação) e Lei para o povo e este prometeu obedecê-LO e seguir Seus Mandamentos, ser o seu povo peculiar e exclusivo portador da mensagem original de Deus para todas as nações. Em Levítico vemos o desenvolvimento das Ordenanças, culto, sacrifícios, sacerdócio e padrão de conduta e santidade do povo e principalmente dos sacerdotes. Foi neste livro que Deus estabeleceu as Cinco Ofertas, a escolha o Sumo Sacerdote e as Sete Festas. Aprendemos também sobre o ministério dos levitas que era composto por: Sumo Sacerdote, Sacerdotes, Cantores e Escribas. No livro de números temos o relato dos dois censos; o primeiro no Monte Sinai e o segundo na planície de Moabe. Vemos que o principal propósito do livro foi relatar cerca de 40 anos da peregrinação de Israel no deserto. Mostra que as decisões de Israel em desobedecer a Deus resultou em muitos sofrimentos dentre eles podemos citar: a longa jornada do povo no deserto (deveriam viajar por apenas onze dias), e todos os que saíram do Egito com idade acima de vinte anos padeceram pelo deserto (exceção apenas de Josué e Calebe). O livro mostra o extremo cuidado de Deus por seu povo, nele nos vemos como Deus cuidou de forma amorosa providencial, provendo-lhes muitos livramentos, sinais e maravilhas tais como: A água que saiu da rocha para saciar a sede do povo, o maná diário que provinha do céu para saciar a fome do povo, a nuvem e a aparência de fogo que serviam respectivamente para livrar o povo do calor estonteante do sol ao longo do dia e para aquecer o povo a noite do severo frio do deserto e livrá-los dos ataques das feras que os rodeavam. O livro de Números provê belos exemplos que Deus ajudar de forma maravilhosa ao seu povo mesmo em uma situação semelhante a uma peregrinação pelo deserto. Desta forma Deus preparou uma nova geração que o servir sem incredulidade e murmurações a exemplo da nação que padecera no deserto. Com os exemplos relatados em Números, o povo poderia ensinar aos seus filhos o modo correto de servir a Deus e preservar ao seus santos Mandamentos que foram revisados ou mencionados pela segunda vez no livro de Deuteronômio (este é o significado do livro). Fazia-se necessário que o povo relembrasse dos princípios e mandamentos (da Lei) de Deus. Neste livro nós vemos uma renovação da aliança de Deus com o seu povo e o relato de tudo quanto Deus havia feito para eles. Por fim, foi conhecido o sucessor de Moisés; Josué filho de Num e no capítulo trinta e quatro (34) temos o relato de Josué acerca da morte de Moisés.
A história de Israel também é relatada num segundo grupo de livros; Os livros históricos – Josué a Ester. Este período histórico mostra a possessão da terra prometida por Deus a Abraão. Sob a liderança de Josué Israel avançou nas regiões dos povos de Canaã. Durante este período Deus estava no comando. Era o tempo em que Deus governava o povo, dando a eles as orientações sobre tudo e provia-lhes os livramentos e bênçãos necessárias. Após a morte de Josué começo o tempo dos Juízes onde começou os ciclos de apostasia e derrota. Antes a liderança de Josué a nação tinha vitória em todas as usas empreitadas, porém nos dias após a morte do seu líder, o povo começou a se comportar como lhe convinha, de forma que esse tempo foi de retrocesso, insucesso e desobediência. Ilustra como a desobediência atrai sofrimento a disciplina de Deus que sempre os chamou ao arrependimento e quando o povo se arrependia Deus os recebia com graça e bênçãos. Neste período os Juízes funcionaram como líderes do povo e julgavam conforme o parecer de Deus. Complementando o período dos Juízes temos o livro de Rute. Rute foi uma jovem Moabita que serviu como exemplo de obediência a Deus, mesmo num tempo em que o povo estava voltado para seguir apenas aos seus próprios conselhos. Ela viveu no período de transição da Teocracia (governo de Deus) para a Monarquia (governo do rei) que se iniciou com Saul e Davi. O período da Monarquia se estendeu nos relatos dos livros de 1 Samuel a 2 Crônicas. Estes livros traçam a história do reino de Israel desde seu estabelecimento até sua destruição por volta do ano 856 a. C. Israel foi estabelecido como reino logo após o Profeta Samuel ungir Saul como o primeiro rei de Israel. Este foi rejeitado por Deus devido a sua insubordinação e desobediência. No lugar de Saul foi ungido o segundo rei de Israel que se chamava Davi. Este foi o rei a quem Deus o considerou como “o homem segundo o coração de Deus”. Davi levou Israel aos patamares mais altos de conquista e obediência a Deus. Ele planejou empreender a construção do primeiro Templo de adoração a Deus, no entanto, quem construiu o Templo do Senhor foi Salomão, o sucessor de Davi. Salomão elevou o reino de Israel o topo do esplendor, foi no período do reinado de Salomão que a Nação de Israel alcançou a maior expansão territorial e obteve durante todo o do reinado de Salomão paz absoluta. O rei Salomão estabeleceu uma política de paz com as nações vizinhas e por isso estas não empreenderam qualquer guerra contra Israel, diferente da época dos reis Saul e Davi. A atitude de Salomão em promover a paz entre as nações trouxe sérios prejuízos à nação de Israel, porque ao mesmo tempo em que Salomão promovia alianças de paz com os demais reis, também casava com suas filhas e dessa forma atraia a cultura daquelas nações cujas mulheres ele se casou bem como a idolatria e práticas pagãs. As conseqüências dessa miscigenação de culturas e cultos religiosos levaram o rei Salomão à prática da idolatria, sobretudo na segunda metade do seu reinado, quando ele já estava em idade avançada. O rei Salomão trouxe inúmeras conquistas para Israel, tanto no campo religioso com a construção do Templo do Senhor e também no campo cultural e espiritual quando escreveu no período de sua juventude o livro de (Cantares) Cântico dos Cânticos de Salomão, no período da sua maturidade escreveu Provérbios e no período da sua velhice escreveu Eclesiastes. Estes livros fazem parte do grupo dos livros petiços do Antigo Testamento, juntamente com os livros de Jó e Salmos.
Após o reinado de Salomão lhe sucedeu o seu filho Roboão e no período que sucedeu o reinado de Roboão o Povo de Israel juntamente com seu rei voltou a desobedecer a Deus trazendo como conseqüência a divisão de Israel no Reino do Norte e no Reino do Sul, a queda do Reino do Norte nas mãos da Assíria, exílio do Reino do Sul em Babilônia. No período em que compreende os relatos de 1 Samuel a 2 Crônicas temos a relação dos seguintes eventos: Estabilização da nação (1 Samuel) – reinado de Saul, expansão da nação (2 Samuel) – reinado de Davi, glorificação da nação (1 Reis) – reinado de Salomão, divisão da nação (1 Reis) – reinado de Roboão, deterioração do Reino do Norte (2 Reis) – reinado de Jeroboão I em 931 a.C, deportação do Reino do Sul (1 Crônicas) - Roboão em 597 a.C, preparação do Templo, destruição do Templo.
O período de que cobre a restauração de Israel a qual teve a liderança de Esdras e Neemias foi relatado principalmente pelos livros de: Esdras, Neemias e Ester. Estes livros descrevem o regresso de um remanescente à terra de, pois de 70 anos de cativeiro (605-536 a.C.). Os Eventos principais relatados nestes livros são: Restauração do Templo, reconstrução de Jerusalém e proteção do povo de Israel.
“Em 538 a.C Ciro, rei dos Persas, assina um edito que põe um ponto final ao exílio judaico na Babilônia. No ano seguinte, inicia-se a volta para a Judéia. Este período é marcado pela reconstrução das muralhas e do Templo de Jerusalém. Como a Judéia perdeu a sua autonomia política, os judeus passaram a ser organizados pelo grupo de sacerdotes e por governadores impostos pelos impérios que dominavam a região. Após o domínio persa, que finaliza em 331 a.C, a Judéia passa a ser controlada pelos gregos.” Fonte: http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/cronologia.htm
Cronologicamente os livros Poéticos cobrem toda a história de Israel no Antigo Testamento e são assim chamados devido a sua forma, pois relatam histórias verídicas de pessoas que realmente existiram. Diferente dos livros poéticos do mundo pagão os livros poéticos da Bíblia – Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão apresentam fatos verdadeiros acerca de pessoas que no período em que viveram foram conhecidas e suas histórias ressaltam a intervenção de Deus em suas vidas e proporcionam exemplos valiosos de como podemos agir nas situações adversas. Podemos destacar como os livros poéticos que mesmo no sofrimento obtemos as bênçãos de Deus e alcançamos um maior relacionamento com Ele – Exemplo (Jó). A oração pode ser um veículo de Louvor e Adoração a Deus, por meio desta podemos glorificar e apresentar a nossa gratidão a Deus por sua benignidade e misericórdia – Exemplo (Salmos). O caminhar reto e com equidade pode ser aprendido a partir do momento em que ouvimos a sabedoria e os preceitos de Deus que nos proporciona uma vida de retidão e santidade – Exemplo (Provérbios). A maturidade é obtida a partir do momento em que podemos analisar os fatos que nos acontece diariamente a partir da ótica da palavra de Deus e passamos a conhecer a verdade para julgar e enxergar de forma precisa a realidade que nos cerca – Exemplo (Eclesiastes) e aprendemos a cultivar a união entre as pessoas e principalmente conjugal quando seguimos os princípios saldáveis de uma união sob a ótica da Palavra de Deus, assim, obtemos alegria e gozo constantes – Exemplo (Cântico dos Cânticos de Salomão).
Paralelamente a todo o relato dos livros históricos e a toda a descrição rica e bela dos livros poéticos. Visualizamos também o ministério dos Profetas Maiores e Menores. Vários livros dos Profetas Maiores e Menores foram escritos no mesmo período histórico relatado pelos dezessete livros históricos do Antigo Testamento. O profeta era o porta-voz de Deus, por isso, eles têm importância fundamental na história de Israel. Eles anunciavam os propósitos de Deus, a Sua vontade e Seus juízos. Dentre os profetas que tem seus escritos relacionados no Antigo Testamento e que estão classificados entre os Profetas Maiores e o destino e assunto de suas profecias estão: O profeta Isaías – profetizou na Judéia (acerca de Judá e Jerusalém – Is 1:1; 2:1, durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias [Reis de Judá] em 740-680 a.C no período histórico relatados em 2 Reis 15-21; 2 Crônicas 26-30), Jeremias – profetizou aos Judeus na Judéia e no Cativeiro (acerca de Judá e as nações – Jr 1:5, 9-10; 2:1-2, durante os reinados de Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim, Zedequias [Reis de Judá] em 627-585 a.C no período histórico relatado em 2 Reis 22-25), Ezequiel – profetizou aos Judeus cativos na Babilônia (acerca de toda casa de Israel – Ez 2:3-6; 3:4-10,17, durante os reinados de Zedequias [Rei de Judá]; Nabucodonozor [Rei de Babilônia] em 592-570 a.C no período histórico relatado em Daniel 1-6), e Daniel – profetizou aos Judeus cativos na Babilônia e reis gentios (acerca de Israel e as nações gentílicas – Dn 2:36-43; 9, durante os reinados de Jeoaquim, Joaquim, Zedequias [Reis de Judá] Nabucodonozor [Rei de Babilônia] em 605-536 a.C no período histórico relatado em Daniel 1-6).
Os Profetas Menores também tiveram sua importância nos eventos históricos de Israel e assim como os Profetas Maiores, eles também foram contemporâneos na maioria dos registros descritos nos Livros Históricos do Antigo Testamento. Dentre os profetas que tem seus escritos relacionados no Antigo Testamento e que estão classificados entre os Profetas Menores e o agrupamento segundo o exílio e os Reinos de Israel e Judá e o período de seus ministérios é como segue: Pré-exílicos em Israel – Jonas (profetizou em 793-753 a.C), Amós (profetizou em 760 a.C), Oséias (profetizou em 755-715 a.C); Pré-exílicos em Judá – Obadias (profetizou em 840 a.C), Joel (profetizou em 835-769 a.C), Miquéias (profetizou em 700 a.C), Naum (profetizou em 633-612 a.C), Safonias (630-625 a.C), Habacuque (profetizou em 600 a.C). Pós-exílicos que regressaram entre os remanescentes – Ageu (profetizou em 520 a.C), Zacarias 520-518 a.C) e Malaquias (450-400 a.C).
Os livros proféticos vislumbram o futuro de Israel e sua Redenção por meio do Messias com grande expectação da seguinte maneira:
“sO primeiros profetas (Oséias, Joel, Amós) esperam uma restauração nacional efetuada pelo Messias”. Isaías e Miquéias predizem a salvação internacional através da vinda de Cristo. Porém Obadias, Jonas, Naum, Habacuque e Safonias advertem acerca do castigo divino às nações. O livro de lamentações chora pela retribuição de Deus sobre seu povo, porém, Jeremias busca uma reafirmação da aliança em Cristo. Ezequiel espera a restauração religiosa da nação e Daniel prediz sua restauração política. Depois do cativeiro babilônico Ageu e Zacarias exortam ao povo a sua reconstrução religiosa e Malaquias a sua reconstrução social e moral, enquanto esperam o “sol da justiça que em suas asas trará salvação” (Malaquias 4:2).
Conclusão
O Antigo Testamento nos provê uma vasta variedade de relatos que podem nos ensinar acerca dos princípios e da vontade de Deus para nossa vida. Aprendemos desde o princípio deste compêndio que os exemplos aqui deixados por Deus servem para nos ajudar a compreender que Deus sempre quis ajudar a humanidade e convencê-los de que a vida fora dos propósitos dEle só trás diversos tipos de prejuízo e retrocessos. Além disso, a principal lição do Antigo Testamento que quanto mais aproximarmos do que Deus proporciona para a nossa vida, mais seremos abençoados nEle, isto é, se buscarmos ao Deus de Israel e obedecermos aos seus princípios e mandamentos seremos felizes e obteremos como conseqüência as Suas bênçãos.
O Antigo Testamento é composto por três (03) seções. Estas apresentam as seguintes subdivisões: Seção 01 – Os livros da Lei; Seção 02 – Livros Históricos e Poéticos e Seção 03 – Profetas Maiores e Menores. A seguinte consideração pode fazer acerca destas divisões do Antigo Testamento: A seção 01 – Apresenta uma visão geral sobre os livros da Lei ou Pentateuco. O Pentateuco mostra as principais informações sobre o mundo antigo. Mostra como começou e se desenvolveu a História e a Origem da Nação de Israel – A nação escolhida por Deus para lhe servir e apresentar ao Mundo (as outras nações) a Lei de seu Deus; o Deus de Israel. Mostra também a origem da religião judaica e o desenvolvimento do seu sistema de culto e adoração, os quais foram obtidos por Moisés no Monte Sinai. A seção 02 – Apresenta o desenvolvimento dos principais fatos que ocorreram na nação de Israel. No decorrer da História de Israel, estes livros cobrem os fatos referentes ao surgimento dos Juízes e da Monarquia, ou seja, quando Israel foi governada por seus primeiro Rei que se chamava Saul. Mostra também o crescimento de Israel como nação, o seu avanço em conquistar territórios, os quais foram conquistados inicialmente por Josué; o sucessor de Moisés. Os livros históricos relatam as glórias de Israel e seus reis, sobretudo os reis Davi e Salomão. Revela a história particular dos reis e suas derrotas, desobediência e também as conseqüências. A seção 03 – Apresenta a vida e ministério dos Profetas de Israel. Estes acompanham o desenrolar da história e mostram ao povo e seus governantes os propósitos de Deus. Destaca também as conseqüências de corridas da desobediência de Israel e principalmente de seus reis. Os livros proféticos apresentam as profecias acerca do futuro de Israel e muitas destas profecias tiveram os seus cumprimentos relatados nos próprios livros proféticos. O livro de Isaías começa esta seção e se destaca por ser o maior em extensão e principalmente por apresentar o Messias que estava por vir. Termina com o livro de Malaquias que apresenta o primeiro mensageiro da Nova Aliança que é João Batista que por sua vez preparou o caminho do Senhor Jesus Cristo.
Desenvolvimento
O Antigo Testamento é começa com o livro de Gênesis ‘‘o começo’’, cujo autor é Moisés. Podemos ver que muitas bênção e maldições. O livro mostra que os que obedeceram recebem o bem de Deus ao passo que os que desobedecem em conseqüência recebem o mal. A partir deste livro conhecemos toda origem das nações e da nação de Israel. Revela em seus principais protagonistas os propósitos de Deus para Israel e toda humanidade. Toda referencia histórica sobre o tempo antigo se obtém a partir do livro de Gênesis. Ele relata o começo de todas as coisas: O primeiro homem (Adão e Eva), casamento, trabalho, família, culto, sacrifício, pecado, homicídio, confusões (Torre de Babel), as nações, idiomas, peregrinações. Vemos a História dos Patriarcas Noé, Jacó, Abraão, a bela história de José e seus irmãos. No livro de Êxodo nós vemos o desfecho da história dos descendentes de José, os quais foram escravizados por Faraó – rei do Egito. Estes precisavam ‘‘sair” (este é o significado do nome do livro) do Egito para cultuar ao seu Deus. A narrativa do livro nos mostra que de um modo milagroso Deus proveu um libertador para o seu povo Israel. Moisés e seu Arão ficaram encarregados de tratar com faraó acerca da libertação do povo de Deus e depois de muitas tentativas, o povo foi liberto da escravidão (submissão) no Egito. Após este eventos vemos o relato de grandes sinais e maravilhas que Deus promoveu afim de encorajar e aumentar a fé e temor no povo. Através de Moisés Deus entregou a Planta do Tabernáculo (Tenda da Congregação) e Lei para o povo e este prometeu obedecê-LO e seguir Seus Mandamentos, ser o seu povo peculiar e exclusivo portador da mensagem original de Deus para todas as nações. Em Levítico vemos o desenvolvimento das Ordenanças, culto, sacrifícios, sacerdócio e padrão de conduta e santidade do povo e principalmente dos sacerdotes. Foi neste livro que Deus estabeleceu as Cinco Ofertas, a escolha o Sumo Sacerdote e as Sete Festas. Aprendemos também sobre o ministério dos levitas que era composto por: Sumo Sacerdote, Sacerdotes, Cantores e Escribas. No livro de números temos o relato dos dois censos; o primeiro no Monte Sinai e o segundo na planície de Moabe. Vemos que o principal propósito do livro foi relatar cerca de 40 anos da peregrinação de Israel no deserto. Mostra que as decisões de Israel em desobedecer a Deus resultou em muitos sofrimentos dentre eles podemos citar: a longa jornada do povo no deserto (deveriam viajar por apenas onze dias), e todos os que saíram do Egito com idade acima de vinte anos padeceram pelo deserto (exceção apenas de Josué e Calebe). O livro mostra o extremo cuidado de Deus por seu povo, nele nos vemos como Deus cuidou de forma amorosa providencial, provendo-lhes muitos livramentos, sinais e maravilhas tais como: A água que saiu da rocha para saciar a sede do povo, o maná diário que provinha do céu para saciar a fome do povo, a nuvem e a aparência de fogo que serviam respectivamente para livrar o povo do calor estonteante do sol ao longo do dia e para aquecer o povo a noite do severo frio do deserto e livrá-los dos ataques das feras que os rodeavam. O livro de Números provê belos exemplos que Deus ajudar de forma maravilhosa ao seu povo mesmo em uma situação semelhante a uma peregrinação pelo deserto. Desta forma Deus preparou uma nova geração que o servir sem incredulidade e murmurações a exemplo da nação que padecera no deserto. Com os exemplos relatados em Números, o povo poderia ensinar aos seus filhos o modo correto de servir a Deus e preservar ao seus santos Mandamentos que foram revisados ou mencionados pela segunda vez no livro de Deuteronômio (este é o significado do livro). Fazia-se necessário que o povo relembrasse dos princípios e mandamentos (da Lei) de Deus. Neste livro nós vemos uma renovação da aliança de Deus com o seu povo e o relato de tudo quanto Deus havia feito para eles. Por fim, foi conhecido o sucessor de Moisés; Josué filho de Num e no capítulo trinta e quatro (34) temos o relato de Josué acerca da morte de Moisés.
A história de Israel também é relatada num segundo grupo de livros; Os livros históricos – Josué a Ester. Este período histórico mostra a possessão da terra prometida por Deus a Abraão. Sob a liderança de Josué Israel avançou nas regiões dos povos de Canaã. Durante este período Deus estava no comando. Era o tempo em que Deus governava o povo, dando a eles as orientações sobre tudo e provia-lhes os livramentos e bênçãos necessárias. Após a morte de Josué começo o tempo dos Juízes onde começou os ciclos de apostasia e derrota. Antes a liderança de Josué a nação tinha vitória em todas as usas empreitadas, porém nos dias após a morte do seu líder, o povo começou a se comportar como lhe convinha, de forma que esse tempo foi de retrocesso, insucesso e desobediência. Ilustra como a desobediência atrai sofrimento a disciplina de Deus que sempre os chamou ao arrependimento e quando o povo se arrependia Deus os recebia com graça e bênçãos. Neste período os Juízes funcionaram como líderes do povo e julgavam conforme o parecer de Deus. Complementando o período dos Juízes temos o livro de Rute. Rute foi uma jovem Moabita que serviu como exemplo de obediência a Deus, mesmo num tempo em que o povo estava voltado para seguir apenas aos seus próprios conselhos. Ela viveu no período de transição da Teocracia (governo de Deus) para a Monarquia (governo do rei) que se iniciou com Saul e Davi. O período da Monarquia se estendeu nos relatos dos livros de 1 Samuel a 2 Crônicas. Estes livros traçam a história do reino de Israel desde seu estabelecimento até sua destruição por volta do ano 856 a. C. Israel foi estabelecido como reino logo após o Profeta Samuel ungir Saul como o primeiro rei de Israel. Este foi rejeitado por Deus devido a sua insubordinação e desobediência. No lugar de Saul foi ungido o segundo rei de Israel que se chamava Davi. Este foi o rei a quem Deus o considerou como “o homem segundo o coração de Deus”. Davi levou Israel aos patamares mais altos de conquista e obediência a Deus. Ele planejou empreender a construção do primeiro Templo de adoração a Deus, no entanto, quem construiu o Templo do Senhor foi Salomão, o sucessor de Davi. Salomão elevou o reino de Israel o topo do esplendor, foi no período do reinado de Salomão que a Nação de Israel alcançou a maior expansão territorial e obteve durante todo o do reinado de Salomão paz absoluta. O rei Salomão estabeleceu uma política de paz com as nações vizinhas e por isso estas não empreenderam qualquer guerra contra Israel, diferente da época dos reis Saul e Davi. A atitude de Salomão em promover a paz entre as nações trouxe sérios prejuízos à nação de Israel, porque ao mesmo tempo em que Salomão promovia alianças de paz com os demais reis, também casava com suas filhas e dessa forma atraia a cultura daquelas nações cujas mulheres ele se casou bem como a idolatria e práticas pagãs. As conseqüências dessa miscigenação de culturas e cultos religiosos levaram o rei Salomão à prática da idolatria, sobretudo na segunda metade do seu reinado, quando ele já estava em idade avançada. O rei Salomão trouxe inúmeras conquistas para Israel, tanto no campo religioso com a construção do Templo do Senhor e também no campo cultural e espiritual quando escreveu no período de sua juventude o livro de (Cantares) Cântico dos Cânticos de Salomão, no período da sua maturidade escreveu Provérbios e no período da sua velhice escreveu Eclesiastes. Estes livros fazem parte do grupo dos livros petiços do Antigo Testamento, juntamente com os livros de Jó e Salmos.
Após o reinado de Salomão lhe sucedeu o seu filho Roboão e no período que sucedeu o reinado de Roboão o Povo de Israel juntamente com seu rei voltou a desobedecer a Deus trazendo como conseqüência a divisão de Israel no Reino do Norte e no Reino do Sul, a queda do Reino do Norte nas mãos da Assíria, exílio do Reino do Sul em Babilônia. No período em que compreende os relatos de 1 Samuel a 2 Crônicas temos a relação dos seguintes eventos: Estabilização da nação (1 Samuel) – reinado de Saul, expansão da nação (2 Samuel) – reinado de Davi, glorificação da nação (1 Reis) – reinado de Salomão, divisão da nação (1 Reis) – reinado de Roboão, deterioração do Reino do Norte (2 Reis) – reinado de Jeroboão I em 931 a.C, deportação do Reino do Sul (1 Crônicas) - Roboão em 597 a.C, preparação do Templo, destruição do Templo.
O período de que cobre a restauração de Israel a qual teve a liderança de Esdras e Neemias foi relatado principalmente pelos livros de: Esdras, Neemias e Ester. Estes livros descrevem o regresso de um remanescente à terra de, pois de 70 anos de cativeiro (605-536 a.C.). Os Eventos principais relatados nestes livros são: Restauração do Templo, reconstrução de Jerusalém e proteção do povo de Israel.
“Em 538 a.C Ciro, rei dos Persas, assina um edito que põe um ponto final ao exílio judaico na Babilônia. No ano seguinte, inicia-se a volta para a Judéia. Este período é marcado pela reconstrução das muralhas e do Templo de Jerusalém. Como a Judéia perdeu a sua autonomia política, os judeus passaram a ser organizados pelo grupo de sacerdotes e por governadores impostos pelos impérios que dominavam a região. Após o domínio persa, que finaliza em 331 a.C, a Judéia passa a ser controlada pelos gregos.” Fonte: http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/cronologia.htm
Cronologicamente os livros Poéticos cobrem toda a história de Israel no Antigo Testamento e são assim chamados devido a sua forma, pois relatam histórias verídicas de pessoas que realmente existiram. Diferente dos livros poéticos do mundo pagão os livros poéticos da Bíblia – Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão apresentam fatos verdadeiros acerca de pessoas que no período em que viveram foram conhecidas e suas histórias ressaltam a intervenção de Deus em suas vidas e proporcionam exemplos valiosos de como podemos agir nas situações adversas. Podemos destacar como os livros poéticos que mesmo no sofrimento obtemos as bênçãos de Deus e alcançamos um maior relacionamento com Ele – Exemplo (Jó). A oração pode ser um veículo de Louvor e Adoração a Deus, por meio desta podemos glorificar e apresentar a nossa gratidão a Deus por sua benignidade e misericórdia – Exemplo (Salmos). O caminhar reto e com equidade pode ser aprendido a partir do momento em que ouvimos a sabedoria e os preceitos de Deus que nos proporciona uma vida de retidão e santidade – Exemplo (Provérbios). A maturidade é obtida a partir do momento em que podemos analisar os fatos que nos acontece diariamente a partir da ótica da palavra de Deus e passamos a conhecer a verdade para julgar e enxergar de forma precisa a realidade que nos cerca – Exemplo (Eclesiastes) e aprendemos a cultivar a união entre as pessoas e principalmente conjugal quando seguimos os princípios saldáveis de uma união sob a ótica da Palavra de Deus, assim, obtemos alegria e gozo constantes – Exemplo (Cântico dos Cânticos de Salomão).
Paralelamente a todo o relato dos livros históricos e a toda a descrição rica e bela dos livros poéticos. Visualizamos também o ministério dos Profetas Maiores e Menores. Vários livros dos Profetas Maiores e Menores foram escritos no mesmo período histórico relatado pelos dezessete livros históricos do Antigo Testamento. O profeta era o porta-voz de Deus, por isso, eles têm importância fundamental na história de Israel. Eles anunciavam os propósitos de Deus, a Sua vontade e Seus juízos. Dentre os profetas que tem seus escritos relacionados no Antigo Testamento e que estão classificados entre os Profetas Maiores e o destino e assunto de suas profecias estão: O profeta Isaías – profetizou na Judéia (acerca de Judá e Jerusalém – Is 1:1; 2:1, durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias [Reis de Judá] em 740-680 a.C no período histórico relatados em 2 Reis 15-21; 2 Crônicas 26-30), Jeremias – profetizou aos Judeus na Judéia e no Cativeiro (acerca de Judá e as nações – Jr 1:5, 9-10; 2:1-2, durante os reinados de Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim, Zedequias [Reis de Judá] em 627-585 a.C no período histórico relatado em 2 Reis 22-25), Ezequiel – profetizou aos Judeus cativos na Babilônia (acerca de toda casa de Israel – Ez 2:3-6; 3:4-10,17, durante os reinados de Zedequias [Rei de Judá]; Nabucodonozor [Rei de Babilônia] em 592-570 a.C no período histórico relatado em Daniel 1-6), e Daniel – profetizou aos Judeus cativos na Babilônia e reis gentios (acerca de Israel e as nações gentílicas – Dn 2:36-43; 9, durante os reinados de Jeoaquim, Joaquim, Zedequias [Reis de Judá] Nabucodonozor [Rei de Babilônia] em 605-536 a.C no período histórico relatado em Daniel 1-6).
Os Profetas Menores também tiveram sua importância nos eventos históricos de Israel e assim como os Profetas Maiores, eles também foram contemporâneos na maioria dos registros descritos nos Livros Históricos do Antigo Testamento. Dentre os profetas que tem seus escritos relacionados no Antigo Testamento e que estão classificados entre os Profetas Menores e o agrupamento segundo o exílio e os Reinos de Israel e Judá e o período de seus ministérios é como segue: Pré-exílicos em Israel – Jonas (profetizou em 793-753 a.C), Amós (profetizou em 760 a.C), Oséias (profetizou em 755-715 a.C); Pré-exílicos em Judá – Obadias (profetizou em 840 a.C), Joel (profetizou em 835-769 a.C), Miquéias (profetizou em 700 a.C), Naum (profetizou em 633-612 a.C), Safonias (630-625 a.C), Habacuque (profetizou em 600 a.C). Pós-exílicos que regressaram entre os remanescentes – Ageu (profetizou em 520 a.C), Zacarias 520-518 a.C) e Malaquias (450-400 a.C).
Os livros proféticos vislumbram o futuro de Israel e sua Redenção por meio do Messias com grande expectação da seguinte maneira:
“sO primeiros profetas (Oséias, Joel, Amós) esperam uma restauração nacional efetuada pelo Messias”. Isaías e Miquéias predizem a salvação internacional através da vinda de Cristo. Porém Obadias, Jonas, Naum, Habacuque e Safonias advertem acerca do castigo divino às nações. O livro de lamentações chora pela retribuição de Deus sobre seu povo, porém, Jeremias busca uma reafirmação da aliança em Cristo. Ezequiel espera a restauração religiosa da nação e Daniel prediz sua restauração política. Depois do cativeiro babilônico Ageu e Zacarias exortam ao povo a sua reconstrução religiosa e Malaquias a sua reconstrução social e moral, enquanto esperam o “sol da justiça que em suas asas trará salvação” (Malaquias 4:2).
Conclusão
O Antigo Testamento nos provê uma vasta variedade de relatos que podem nos ensinar acerca dos princípios e da vontade de Deus para nossa vida. Aprendemos desde o princípio deste compêndio que os exemplos aqui deixados por Deus servem para nos ajudar a compreender que Deus sempre quis ajudar a humanidade e convencê-los de que a vida fora dos propósitos dEle só trás diversos tipos de prejuízo e retrocessos. Além disso, a principal lição do Antigo Testamento que quanto mais aproximarmos do que Deus proporciona para a nossa vida, mais seremos abençoados nEle, isto é, se buscarmos ao Deus de Israel e obedecermos aos seus princípios e mandamentos seremos felizes e obteremos como conseqüência as Suas bênçãos.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Biografia
Convertido em Março de 1997. Professor de Escola Bíblica Dominical desde 1998, tendo passado por todas as faixas etárias do Ensino na EBD, ensinou na classe de obreiros e professores. Consagrado ao Santo Ministério em 29 de agosto de 2009.
Realizou vários cursos para professores sob os seguintes temas: Homilética para Professores da EBD, Ética Crista, Pentateuco Avançado, Ética para Professores da EBD, Bibliologia, Historia do Cristianismo Interpretação Bíblica, Seitas e Heresias e outros.
Graduando em Teologia Eclesiástica pelo Seminário Internacional de Teologia de Ituiutaba - Minas Gerais. Teve formação Básica em Teologia pela FAFITEAL – Faculdade de Filosofia e Teologia de Alagoas, faculdade esta que ministrou aulas sob diversos temas durante dois anos seguidos em um dos seus Núcleos Teológicos de Maceió-AL.
Conta com uma vasta experiência nos diversos campos teológicos nas áreas do ensino e pesquisa nas quais ministrou Palestras e Seminários para obreiros e professores da EBD em sua igreja local em núcleo teológico credenciado pelo IBADEP – Instituto Bíblico da Assembléia de Deus no Estado do Paraná.
Atualmente tem se dedicado a escrever. É autor e editor do livro A Terapia para o Pecado, o qual teve sua primeira edição já publicada e vendida. Com o objetivo de disseminar o Ensino da Palavra de Deus, apresenta propostas para fundação de Núcleos Teológicos em áreas necessitadas e sem muito poder aquisitivo para proporcionar aos obreiros e demais irmãos, o acesso ao Conhecimento profundo e de qualidade da Palavra de Deus, afim de que estes sejam habilitados para realizarem a obra do Senhor com mais eficácia e poder.
Acreditado que o Conhecimento de qualidade é a principal arma contra as diversas controvérsias existentes na atualidade, procura expor a Palavra de forma pura e isenta de qualquer convicção pessoal ou dogma denominacional. Desta forma todos se beneficiam e o Reino de Deus se expande cada vez mais.
Realizou vários cursos para professores sob os seguintes temas: Homilética para Professores da EBD, Ética Crista, Pentateuco Avançado, Ética para Professores da EBD, Bibliologia, Historia do Cristianismo Interpretação Bíblica, Seitas e Heresias e outros.
Graduando em Teologia Eclesiástica pelo Seminário Internacional de Teologia de Ituiutaba - Minas Gerais. Teve formação Básica em Teologia pela FAFITEAL – Faculdade de Filosofia e Teologia de Alagoas, faculdade esta que ministrou aulas sob diversos temas durante dois anos seguidos em um dos seus Núcleos Teológicos de Maceió-AL.
Conta com uma vasta experiência nos diversos campos teológicos nas áreas do ensino e pesquisa nas quais ministrou Palestras e Seminários para obreiros e professores da EBD em sua igreja local em núcleo teológico credenciado pelo IBADEP – Instituto Bíblico da Assembléia de Deus no Estado do Paraná.
Atualmente tem se dedicado a escrever. É autor e editor do livro A Terapia para o Pecado, o qual teve sua primeira edição já publicada e vendida. Com o objetivo de disseminar o Ensino da Palavra de Deus, apresenta propostas para fundação de Núcleos Teológicos em áreas necessitadas e sem muito poder aquisitivo para proporcionar aos obreiros e demais irmãos, o acesso ao Conhecimento profundo e de qualidade da Palavra de Deus, afim de que estes sejam habilitados para realizarem a obra do Senhor com mais eficácia e poder.
Acreditado que o Conhecimento de qualidade é a principal arma contra as diversas controvérsias existentes na atualidade, procura expor a Palavra de forma pura e isenta de qualquer convicção pessoal ou dogma denominacional. Desta forma todos se beneficiam e o Reino de Deus se expande cada vez mais.
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